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Postado em: 12/08/2019 - 09:30 Última atualização: 12/08/2019 - 09:33
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Violação da dignidade humana nas redes sociais

COLUNA DO FARAH

INFORMAÇÃO, OPINIÃO E DEBATE!

Por: Rogério Farah

O espaço pode ser virtual, mas a dor da ofensa, os efeitos da agressão verbal e os reflexos do linchamento moral são reais e duradouros em relação as vítimas, que por vezes padecem um abalo psicológico violentíssimo, a ponto de causar um impacto negativo tão intenso em suas vidas, que é capaz inclusive de causar mais estragos do que as eventuais lesões de uma surra física!

Neste breve artigo, eu não pretendo adentrar as consequências da violação de direitos humanos, individuais e coletivos, particularmente na esfera judicial, mas ponderar possíveis causas, bem como abordar hipóteses de responsabilidade na crescente onda de desrespeito nas redes sociais, se de caráter individual, por desestruturação familiar ou por tendência da própria sociedade.

Vivemos atualmente um estranho momento de hostilidade gratuita, gerado por uma onda, ou melhor, uma epidemia sistêmica de intolerância religiosa, política e de preferência na orientação sexual, resultando em mútua troca de farpas, comentários e acusações nas redes sociais.

Basta que a opinião publicada motive alguma polêmica, como ocorreu recentemente com o Padre Fábio de Melo (sugerindo que a "saidinha" de presos, condenados por homicídio, ocorresse somente no feriado de finados…), para se instalar um campo de batalha virtual, onde quase sempre se constata a troca de impropérios e absoluta falta de civilidade.

Mas a falta de bom senso vai muito mais além, chegando mesmo ao ponto do cometimento de condutas ilegais como, por exemplo, divulgar ou compartilhar imagens de crianças e adolescentes em situações constrangedoras, as vezes até submetidas a maus tratos ou violência. Brigas de menores, cenas de acidentes (com vítimas graves!) e supostos crimes de furto ou roubo são divulgados ou compartilhados sem controle, por nítida compulsão, em desacordo com normas legais ou mesmo com a mínima observação das regras de conduta moral. Casos de suicídios, cuja divulgação é absolutamente proibida para órgãos de imprensa, são divulgados de forma corriqueira, incluindo até dados pessoais dos envolvidos e seus familiares…

Imagem ilustrativa / Reprodução

Será que essas mesmas pessoas, usuárias das redes sociais, assim procedendo habitualmente, desconhecem o alcance da Internet, colaborando para a exposição mundial de fatos que podem atingir e ferir de morte a imagem ou a moral de seus semelhantes?

É simplesmente lamentável toda forma de desrespeito contra a dignidade humana!

Alguns afirmam que tudo isso é reflexo da falta de DEUS, outros responsabilizam uma suposta falência das entidades familiares, que teriam negligenciado seu dever de vigilância, enquanto que também há quem defenda a necessidade de  um acompanhamento,  algum tipo de censura, por parte dos órgãos governamentais.

Independente das impressões de cada um desses grupos, é indiscutível a necessidade urgente de um exame de consciência, por parte de todos e de cada um de nós, para que possamos avaliar nossa própria responsabilidade e buscar meios de, começando dos nossos lares, resgatar o respeito ao nosso próximo, seja nas redes sociais ou fora delas, na vida real.

Longe da expectativa de ser dono da verdade, apenas proponho aqui uma reflexão.

Afinal, trata-se de mera questão de opinião.

 

 

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