bem brasil
bem brasil
Postado em: 16/04/2024 - 16:48 Última atualização: 17/04/2024 - 08:27
Por: Caio César - Portal Imbiara

Cefet Araxá adere à greve nacional por melhores condições de trabalho

Cerca de 70 professores estão em greve, que também contou com a adesão dos funcionários do serviço administrativo, além dos alunos

Um dos cartazes reiteram os pedidos de uma educação melhor e com mais investimentos do governo federal. Fotos: Caio César/Portal Imbiara

Uma greve nacional foi iniciada nesta semana pelos professores das universidades, dos institutos e dos centros federais de educação tecnológica em todo o Brasil. Entre os principais pontos da pauta de reivindicações está a solicitação de que o Governo Federal faça a recomposição orçamentária das instituições federais e também a recomposição salarial dos servidores. O Cefet Araxá aderiu à greve nacional, e a unidade local está sem aulas desde a última segunda-feira (15).

Durante o programa Imbiara Notícias, da Rádio Imbiara 91,5 FM, desta terça-feira (16), o professor Paulo Soave, um dos líderes do movimento grevista em Araxá, enumerou os motivos pelos quais a greve conquistou a adesão dos professores. "Dentre os motivos está a recomposição orçamentária, porque estamos sem verbas para as despesas do dia-a-dia ou até mesmo para a ampliação do curso. Também tivemos uma precarização muito grande desde 2015 nas instituições como um todo, e embora tenhamos tido recomposição salarial no ano passado, nossos salários foram corroídos pela inflação. Entramos ontem (15) junto com os técnicos administrativos, que já estavam desde o dia 11 de março", comenta Soave.


O professor Paulo Soave é um dos membros do comando da greve do Cefet Araxá

Em Araxá, cerca de 70 professores aderiram à greve. "Neste momento, nenhuma aula está sendo ministrada. Eventualmente, um ou outro professor pode ministrar aula, mas os alunos também estão cientes da situação em que estamos e nos apoiam, inclusive fizeram cartazes para nós. É um movimento bastante forte".

Para o professor, a situação financeira é bastante caótica devido à falta de investimentos para melhorar as condições de trabalho. "Estamos em uma situação financeira crítica na instituição, e não estamos conseguindo oferecer o ensino de qualidade que sempre prezamos. Não estamos conseguindo oferecer bolsas de monitoria por falta de recursos. Temos outro curso de graduação, e o prédio precisa de reformas. Os alunos estão cientes disso, e os professores estão lutando por um orçamento melhor. Precisamos que a educação seja uma prioridade nacional", acrescenta Paulo Soave.

Durante todo o período de greve, a diretoria do Cefet Araxá continua funcionando normalmente, pois os cargos dessa natureza não participam desse tipo de ação.


A manifestação silenciosa feita por cartazes espalhados pelo centro federal