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Postado em: 12/09/2019 - 09:37 Última atualização: 12/09/2019 - 10:01
Por: Márcio Rosa - Portal Imbiara

Governo de Minas vai usar Nióbio como garantia para regularizar salários

A proposta é pegar um empréstimo de até R$ 5 bilhões e usar os royalties do Nióbio como garantia

Vice-governador, Paulo Brant (Novo), explicou como será feito o empréstimo. Foto: Marco Evangelista/ Imprensa MG

 

O governo de Minas Gerais quer usar os recursos de arrecadação dos royalties do Nióbio como garantia para fazer um empréstimo em bancos  de até R$ 5 bilhões. A proposta é usar o valor para regularizar os pagamentos de salários e do 13º salário dos servidores públicos do estado. A ideia foi apresentada nesta semana pelo vice-governador, Paulo Brant (Novo), em entrevista coletiva à Imprensa. 

 

Os mais de 600 mil servidores estaduais recebem os salários parcelados desde 2016. Segundo Brant, “o governo está montando uma operação financeira usando os recebíveis  que o Estado tem da Codemig para fazer um tipo de empréstimo ponte”. O vice-governador disse ainda que os impactos financeiros do ajuste fiscal que o governo está construindo com a Assembleia Legistativa ainda vão demorar até oito meses. Paulo Brant afirmou que o uso dos recursos advindos do Nióbio como garantia de pagamento do empréstimo pode possibilitar um crédito a juros mais baixos. 

 

O vice-governador revelou que o Estado vai fazer um leilão com os bancos interessados em conceder o empréstimo, entre outubro e novembro. 

 

Araxá tem o maior complexo industrial de Nióbio do mundo. Cerca de 75% de todo o Nióbio extraído no mundo vem da cidade.  A produção anual é de 70 mil toneladas da liga de ferronióbio.  De acordo com a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), Araxá tem reserva de Nióbio para ser explorada por mais de 400 anos.

 

Segundo o consultor de negócios e coordenador titular do curso de gestão financeira do Uniaraxá, Silvio Gonçalves, essa ação do governo não afetará os repasses para a cidade de Araxá, já que os royalties para a cidade e para o estado são independentes.