REGINA PORFIRIO BOTELHO DE RESENDE
O surgimento de novas lideranças na política de Araxá, depois do resultado das eleições de outubro, mostra que projetos políticos e decisões administrativas terão que passar por nomes novos, de alguns dos candidatos vitoriosos .
Até mesmo as projeções para a próxima eleição municipal podem ser feitas a partir dos nomes vencedores agora. O leitor vai pensar que é cedo, porque nem foram empossados os eleitos, então seria inoportuno antecipar preferências para 2.028.
Acontece que a contagem do tempo no calendário da política é diferente: tudo que parece longe pode começar a ser resolvido agora, eleição nenhuma é ganha na véspera e acontecimentos de hoje poderão interferir na próxima eleição municipal.
Quem será hoje a maior liderança política local ? A liderança que passou por nomes de décadas atrás filiados aos partidos vindos da antiga Arena - depois PFL e PDS, partidos embalados no berço do golpe de 64 e sobreviventes até poucos anos – esses que passaram cederam lugar aos bem votados nas eleições recentes.
Vale afirmar que hoje a liderança local é exercida pelo deputado estadual Bosco, ele mesmo com origem na antiga militância que por décadas dominou, mas tendo depois mantido dela oportuno afastamento que facilitou seu vôo por conta própria.
O resultado da eleição de outubro, que permitiu a Robson Magela a reeleição e mais, com base majoritária na câmara de vereadores, foi traçado por estratégia pensada e executada por Bosco, desde a formação da aliança com dezena de partidos, até a escolha do candidato a vice, seu filho Bosco Junior, bem avaliado na presidência da mesa do legislativo e sem indicador de rejeição por parte do eleitor.
Outros nomes poderão surgir na condução da política local. Poderão vir da câmara de vereadores que teve dois terços de renovação ou do executivo que, além do vice-prefeito, contará na certa com a continuidade de alguns secretários que tiveram bom desempenho no mandato que se encerra.-