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Postado em: 07/10/2022 - 14:55 Última atualização: 10/10/2022 - 08:27
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APOIO NÃO É VOTO GARANTIDO

Apurados os votos do primeiro turno da eleição presidencial foram anunciados vários apoios aos dois disputantes.  Ao lado de empresários, economistas e políticos fora da ativa   os mais destacados pela mídia foram os anunciados por governadores eleitos no primeiro turno, rápidos em mostrar lado na disputa do segundo tempo poucas horas após proclamado o resultado.

Alguns desses apoios, se mostrados antes do primeiro turno, teriam com certeza permitido que o resultado da eleição fosse ali definido sem necessidade do prolongamento de mais quatro semanas de confronto.  Esperaram que o jogo chegasse ao intervalo para resolver o lado preferido. O mais racional agora no segundo turno seria cada governador -  já eleito ou não -  permanecer neutro na escolha do segundo turno, lembrando que, qualquer que seja o futuro presidente, os governos estaduais vão precisar manter bom nível de convivência e diálogo com o governo federal de onde chegam ações e muito dinheiro para os estados.

Os apoios agora anunciados têm uma razão que não apenas a de mostrar lado na disputa:  serviram para cada apoiador aparecer em prolongadas matérias na mídia nacional, tanto os velhos líderes já na reserva quanto os novos políticos imaginando um resultado final glorioso que os satisfaça e a seus grupos. -

Promessa de apoio não é, e nunca foi, voto garantido nas urnas. É sempre baseada na tal transferência de voto que sempre foi difícil e ingrata nas eleições: é quando um político bem apreciado faz, ao eleitor que nele votou, pedido para que vote em nome de outro de sua indicação. O eleitor de Araxá tem memória de tentativas dessa transferência de voto em eleições municipais passadas, quando prefeitos tentaram impor ao eleitor candidaturas de secretários municipais, parentes, amigos chegados e outros. A maioria delas ficou sem votos suficientes nas urnas.

Se a transferência de voto nunca funcionou como garantia de vitória, muito menos agora, em eleição polarizada como essa de 2022 quando os votos para presidente no primeiro turno já foram para as urnas consolidados e resolvidos, com raras exceções.  O eleitor consciente, tendo escolhido seu candidato para presidente, dificilmente vai mudar de voto no segundo turno para atender pedido de governador que já ganhou, mesmo que esse tenha sido em quem votou. 

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