Anunciados pelo prefeito eleito de Araxá, Robson Magela, os nomes que irão compor o secretariado de seu governo e alguns outros dos gabinetes e autarquias municipais, dividiu-se a opinião pública.
Enquanto boas surpresas vieram com o anúncio de alguns que possuem, sem dúvida, conhecimento do setor que vão dirigir, a outros escolhidos faltam - pelo que deles se conhece - experiência e interação nas áreas onde irão atuar.
Nas entrevistas que concederam antes das eleições Robson e Mauro afirmaram o propósito de fazer escolhas técnicas para as Secretarias. Informados desse compromisso, alguns segmentos do eleitorado de classe média - produtores, comerciantes, professores e outros segmentos com alto grau de escolaridade - optaram por votar neles na certeza de que a escolha de técnicos traria qualidade ao governo, liberto da politicagem do "toma-lá-dá-cá" que, na política brasileira, antecede as negociações para a partilha de cargos.
Pelos nomes anunciados percebe-se que, nas áreas da administração que demandam atuação próxima à população, as escolhas priorizaram a experiência ou a técnica, como foi prometido. É o caso das Secretarias de Obras, Educação, Saúde, Ação Social , Segurança e dos òrgãos Iprema e IPDSA.
Nas outras áreas, ou por serem restritas aos gabinetes do Executivo ou por não atuarem junto a uma grande faixa da população, a escolha dos nomes ainda não motivou grande satisfação, nem gerou polêmica. A exceção é a escolha do secretário de Agricultura, do qual se desconhece a experiência que teria para o cargo, no setor que impulsiona a Economia do país através do agronegócio. Para um secretário de Agricultura eficiente não basta hoje, como era antigamente, patrolar estrada vicinal e consertar mataburro. É preciso, no mínimo, capacidade de planejamento com equipe competente na elaboração de projetos que possam garantir diálogo com os grandes produtores do município e da região.
Os próximos meses vão definir a atuação do governo cujo plano de ação apontava para uma administração essencialmente populista, mas que agora, passadas a campanha eleitoral e as urnas, precisa prestigiar também as classes produtoras, geradoras de emprego e de riqueza para o município.