Será que para as próximas eleições de outubro Romeu Zema vai declarar apoio a Bolsonaro? Ou vai manter posição de neutralidade, indicando a seu eleitor escolha livre entre os candidatos a presidente, sem que isso interfira no voto para governador do estado?
Os melhores analistas do jornalismo político nacional em veículos impressos e de TV estão, nas últimas semanas, manifestando curiosidade com a posição do governador mineiro ante o palanque eleitoral. É conhecido o fato de que, nas eleições presidenciais com voto direto após o golpe de 1964, o candidato que ganhou em Minas ganhou no Brasil. Daí a ambição dos partidos em conquistar o apoio do estado, cuja administração tem sido apontada com boa avaliação por pesquisas diversas.
Os mesmos analistas sempre apontam Romeu Zema como um governador "bolsonarista", ainda que isso não tenha sido declarado por ele de maneira clara.
Por isso, já é tempo do governador se posicionar declarando sua preferência, ou sua neutralidade. No caso de optar pelo apoio a um candidato, ele já deve saber que não se repetirá sua votação em números espetaculares como foi em 2018, quando seus eleitores surgiram de todos os grupos sociais, em todas as regiões do estado, gente da esquerda, da direita e do centro, de ideologias diferentes, mas de igual intenção: colocar a gestão de Minas em novas mãos, sem os vícios políticos antigos visíveis na carreira dos demais candidatos oponentes a ele.
Nesta eleição, o cenário é diferente de 2018. Romeu Zema não é mais a novidade e terá pela frente o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, cujo nome em momento algum é associado à figura de Bolsonaro, além de apontado com boa avaliação na região metropolitana da capital. É o momento do governador Zema usar a estratégia do silêncio mineiro na atividade política, deixando clara uma sábia neutralidade na disputa presidencial.
