Feminicídio no Brasil é um dos problemas que o Brasil enfrenta atualmente
O crime contra mulheres no Brasil é um dos problemas que mais preocupam as instituições que fazem o combate a violência contra a mulher. O “Agosto Lilás” é uma campanha que faz a conscientização da violência contra a mulher em todo o território nacional.
Na manhã desta quinta-feira (11) o programa Imbiara Notícias recebeu a Abna Esteves , Investigadora de Polícia Delegacia de Orientação e Proteção à Família; Maria Cecília ,Coordenadora do CRAM-Centro de Referência à Mulher e Ana Cristina, advogada do CRAM. Durante o mês de agosto as ações são intensificadas com a rede de proteção à mulher que dá apoio psicológico, jurídico e assistencial às mulheres vítimas de violência.
No fim da semana passada um crime de Feminicídio chocou a cidade de Araxá. Darlene Aparecida de 36 anos foi golpeada com faca em várias regiões do corpo, pelo ex-companheiro Ricardo Onofre de Oliveira de 33 anos. De acordo com as informações repassadas pela Polícia Militar, a mulher estava com a criança de colo no braço no momento. A mulher foi encaminhada para a UPA de Araxá e não resistiu aos ferimentos. Abna Esteves comentou sobre esse crime e falou da importância de denunciar.
“Infelizmente é um tipo de crime que é impossível de combater nessas situações. Porque é um crime passional. Então toda a ação da Polícia foi realizada, porque essa vítima tinha uma medida protetiva. Mas infelizmente a medida protetiva não é um escudo. Ela é uma forma de prender o autor em flagrante e facilitar o afastamento do autor da vítima. Então é muito importante que a pessoa quando se está em perigo é importante que ela ligue para o 190” explica Abna Esteves.
A investigadora da Delegacia de Proteção à Família ainda falou da campanha do mês de agosto.
“A campanha Agosto Lilás é uma campanha nacional. É uma campanha de conscientização pelo fim da violência contra a mulher. Essa campanha está sendo realizada aqui em Araxá em parceria com a Polícia Civil, Polícia Militar e Prefeitura de Araxá. Nós trabalhamos em conjunto e essa rede de proteção a mulher está cada vez mais engajada. Então aqui em Araxá nós estamos na contramão do Brasil em relação à violência contra a mulher” disse Abna Esteves.
Abna Esteves ainda trouxe dados da violência contra a mulher no Brasil.
Maria Cecília, coordenadora do CRAM fala sobre ações em rede de prevenção a a violência contra a mulher. “Desde quando começamos a trabalhar em rede, começamos a trazer encorajamento para essas mulheres. Porque a gente mostra que tem uma rede que a gente conversa e tem uma porta de entrada, às vezes no CRAM - Centro de Referência e Atendimento à Mulher em Situação de Violência, onde nós vamos facilitar o acesso a Delegacia, onde a mulher não precisa ficar exposta. Para conseguir dar um apoio até mesmo afastar ela do seu ex-companheiro para tirar ela dessa violência doméstica”, explica Cecília.
A advogada do CRAM Ana Cristina também disse quais medidas são tomadas para ajudar as mulheres vítimas de violência. “A gente não atende as mulheres para acompanhar o processo judicial. Para isso nós temos a parceria com a OAB, será lançado um projeto onde elas serão encaminhadas diretamente para as mulheres de advogados da ativa. Nossa orientação jurídica e social. Então fica mais fácil exemplificar. Um medo muito constante em relação às mulheres que sofrem violência é em relação a perda de direitos se ela sair de casa ou até mesmo perder a guarda dos seus filhos” explica Cristina.