bem brasil
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Postado em: 11/08/2022 - 15:40 Última atualização: 11/08/2022 - 17:43
Por: Alex Sander Xexéu / Bruna Isabella - Portal Imbiara

Mês de combate à violência contra a mulher acontece em Araxá

Feminicídio no Brasil é um dos problemas que o Brasil enfrenta atualmente

Na manhã desta quinta-feira (11) o programa Imbiara Notícias recebeu a Abna Esteves , Investigadora de Polícia Delegacia de Orientação e Proteção à Família; Maria Cecília ,Coordenadora do C

O crime contra mulheres no Brasil é um dos problemas que mais preocupam as instituições que fazem o combate a violência contra a mulher. O “Agosto Lilás” é uma campanha que faz a conscientização da violência contra a mulher em todo o território nacional. 

Na manhã desta quinta-feira (11) o programa Imbiara Notícias recebeu a Abna Esteves , Investigadora de Polícia Delegacia de Orientação e Proteção à Família; Maria Cecília ,Coordenadora  do CRAM-Centro de Referência à Mulher e Ana Cristina, advogada do CRAM.  Durante o mês de agosto as ações são intensificadas com a rede de proteção à mulher que dá apoio psicológico, jurídico e assistencial às mulheres vítimas de violência. 

No fim da semana passada um crime de Feminicídio chocou a cidade de Araxá. Darlene Aparecida de 36 anos foi golpeada com faca em várias regiões do corpo, pelo ex-companheiro Ricardo Onofre de Oliveira de 33 anos. De acordo com as informações repassadas pela Polícia Militar, a mulher estava com a criança de colo no braço no momento. A mulher foi encaminhada para a UPA de Araxá e não resistiu aos ferimentos. Abna Esteves comentou sobre esse crime e falou da importância de denunciar. 

“Infelizmente é um tipo de crime que é impossível de combater nessas situações. Porque é um crime passional. Então toda a ação da Polícia foi realizada, porque essa vítima tinha uma medida protetiva. Mas infelizmente a medida protetiva não é um escudo. Ela é uma forma de  prender o autor em flagrante e facilitar o afastamento do autor da vítima. Então é muito importante que a pessoa quando se está em perigo é importante que ela ligue para o 190” explica Abna Esteves. 

A investigadora da Delegacia de Proteção à Família ainda falou da campanha do mês de agosto. 

“A campanha Agosto Lilás é uma campanha nacional. É uma campanha de conscientização pelo fim da violência contra a mulher. Essa campanha está sendo realizada aqui em Araxá em parceria com a Polícia Civil, Polícia Militar e Prefeitura de Araxá. Nós trabalhamos em conjunto e essa rede de proteção a mulher está cada vez mais engajada. Então aqui em Araxá nós estamos na contramão do Brasil  em relação à violência contra a mulher” disse Abna Esteves. 

Abna Esteves ainda trouxe dados da violência contra a mulher no Brasil. 

 

  • Brasil é o 5º maior país em Violência doméstica no país
  • 1 a 4 mulheres são vítimas de violência doméstica no Brasil ou conhece alguém que já sofreu algum tipo de violência.


Maria Cecília, coordenadora  do CRAM fala sobre ações em rede de prevenção a a violência contra a mulher. “Desde quando começamos a trabalhar em rede, começamos a trazer encorajamento para essas mulheres. Porque a gente mostra que tem uma rede que a gente conversa e tem uma porta de entrada, às vezes no CRAM - Centro de Referência e Atendimento à Mulher em Situação de Violência, onde nós vamos facilitar o acesso a Delegacia, onde a mulher não precisa ficar exposta. Para conseguir dar um apoio até mesmo afastar ela do seu ex-companheiro para tirar ela dessa violência doméstica”, explica Cecília.

A advogada do CRAM Ana Cristina  também disse quais medidas são tomadas para ajudar as mulheres vítimas de violência.  “A gente não atende as mulheres para acompanhar o processo judicial. Para isso nós temos a parceria com a OAB, será lançado um projeto onde  elas serão encaminhadas diretamente para as mulheres de advogados da ativa. Nossa orientação jurídica e social. Então fica mais fácil exemplificar. Um medo muito constante em relação às mulheres que sofrem violência é em relação a perda de direitos se ela sair de casa ou até mesmo perder a guarda dos seus filhos” explica Cristina.