Vigilância em Saúde alerta sobre cuidados para a prevenção da doença; índice do LIRAa mostrou 4,2% em levantamento feito nas casas
Araxá tem oito casos positivos de dengue registrados em 2023. Ao todo, foram 207 notificações considerados pela Vigilância em Saúde como crescentes no município. Durante entrevista concedida ao programa Imbiara Notícias, da Rádio Imbiara 91,5 FM, o biólogo da Vigilância em Saúde, da Secretaria Municipal de Saúde, Fabrício Ávila, mostrou preocupação ao citar essas informações.
“O cenário dá a impressão que está baixo o número de casos. Realmente, o de positivos, sim. Realizamos no mês de janeiro o Lira, que é o levantamento do Índice de Infestação Predial. A gente avaliou a quantidade de domicílios que foram encontradas as larvas do Aedes Aegypti e assim deu 4,2%”, destaca o biólogo. Se comparado a 2022, o primeiro LIRAa do ano passado feito pelo município tinha dado 1,8%.
O Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (LIRAa) é uma metodologia que permite o conhecimento de forma rápida, por amostragem, da quantidade de imóveis com a presença de recipientes com larvas de Aedes Aegypti, mosquito transmissor da dengue, chikungunya, febre pelo vírus Zika e febre amarela.
“Em Araxá, a cada 100 imóveis, 4,2% tinham larvas de Aedes Aegypti. Acima de 3,9% já é alarmante. Então, é alto risco que nós estamos. Ao mesmo tempo que os casos estão baixos, a qualquer momento pode aumentar. O aumento de casos dengue está sempre relacionado a temperaturas elevadas e chuvas. No ano passado, na epidemia que nós vivemos, tivemos o aumento até o mês de junho”, ressalta Fabrício Ávila.
Biológo da Vigilância em Saúde, da Secretaria Municipal de Saúde, Fabrício Ávila. Foto: Natália Fernandes/Portal Imbiara
Fabrício Ávila orienta o cidadão a fazer uma espécie de “check list” diário nas casas. “É sempre bom a gente sempre analisar se não temos nenhum recipiente, caixa d´ água aberta, cochinha atrás da geladeira e outro tipo de local que possa proliferar esse vetor”. O biólogo relata como é realizado os trabalhos de prevenção do mosquito Aedes Aegypti feitos pela Secretaria Municipal de Saúde com o apoio de 85 agentes de endemia setorizados por todo o município. Segundo Ávila, os profissionais passam a cada dois meses para monitorar a situação das casas.
“Além desse trabalho contínuo dos nossos agentes, trabalhamos com o resgate de casas fechadas aos sábados, temos um caminhão bota-fora que recolhe materiais inservíveis que possam acumular água e pneus em borracharias. Temos também pontos estratégicos, como ferro velho e cemitérios que a cada 15 dias os nossos agentes passam e colocam produtos químicos para eliminar essas larvas. É um trabalho intenso que precisa da conscientização da população para ter resultados favoráveis”, explana o biólogo Fabrício Ávila, da Secretaria de Saúde de Araxá.
A população tem o contato da Vigilância Ambiental para sanar dúvidas em relação ao tema. Mais informações, ligue 3691-7120 ou, se quiser receber o atendimento presencial, encaminhe para a praça Coronel Adolfo, n° 47, em anexo ao laboratório Sabin na área central de Araxá e próximo da fonte do Teatro Municipal Maximiliano Rocha.
