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Postado em: 09/08/2023 - 09:37 Última atualização: 09/08/2023 - 09:37
Por: Alex Sander Xexéu - Portal Imbiara

Delegacia de Proteção a Família em Araxá realiza atendimento à mulheres vítimas de agressão

Durante o mês de agosto ações são intensificadas

Delegacia de Proteção a Família em Araxá. Foto: Arquivo Portal Imbiara

A Delegacia da Mulher é um órgão que faz parte da Delegacia de Proteção à Família em Araxá e realiza o trabalho de atendimento e prevenção a violência contra a mulher. Em entrevista ao Grupo Imbiara de Comunicação, a investigadora da Polícia Civil, Poliana de Matos Campos explicou como acontece o fluxograma de ações, especialmente durante o “Agosto Lilás” onde as campanhas são feitas com ampla divulgação. 

Poliana de Matos é investigadora da Polícia Civil em Araxá. Foto: Alex Sander Xexéu 

A investigadora explica como acontece o acolhimento das mulheres vítimas de violência. “A respeito do acolhimento que oferecemos para as mulheres vítimas de violência, existe todo um fluxograma que envolve todas as pessoas da Delegacia da Mulher aqui em Araxá. Primeiramente essa vítima passa por uma equipe especializada que é composta por uma assistente social e uma psicóloga. Por meio do acolhimento é preciso saber o que está acontecendo com essa mulher. A partir disso essa pessoa é encaminhada para um acompanhamento psicológico e social” disse Poliana. 

Poliana ainda disse que existem pelo menos, três fases do chamado ciclo de violência contra a mulher. O primeiro é o aumento da tensão que pode durar alguns dias ou até anos. Nesse período ocorre o aumento das discussões com ele se irritando por pequenas coisas, tendo acessos de raiva, sofrendo humilhações e até ameaças. A mulher tenta por várias vezes acalmar o companheiro evitando comportamentos que possam deixá-lo irritado. Muitas mulheres acreditam que o comportamento violento é por conta de algo errado que ela falou ou do dia no trabalho. 

Já na segunda fase é o ato de Violência há a intensificação das agressões. A tensão acumulada da fase anterior faz com que o agressor tenha momentos de explosões de raiva e fique extremamente violento. Todas as ameaças sofridas nas duas fases anteriores se materializam nas cinco formas de violência doméstica: física, moral, psicológica, sexual e patrimonial. 

Por fim, na terceira fase o arrependimento é o momento em que ele afirma estar com remorso e que tudo vai mudar porque ele irá melhorar. Ele se torna uma pessoa querida e amorosa para conseguir o perdão. Quando a mulher desculpa o agressor, um breve período de tranquilidade se estabelece na casa, então ela passa a acreditar nas promessas e estreita o vínculo de dependência com o agressor.

Poliana também falou sobre a Medida Protetiva, expedida por um juiz em até 48 horas com o intuito de proteger a mulher vítima de violência. A investigadora disse que a medida tem restrições e regras tanto para o agressor quanto para a vítima. “Muitas das vezes no ápice da agressão, quando essa mulher nos procura e depois volta a sua casa ela, essa vítima costuma voltar na sua decisão. Por conta dos filhos, questão financeira ou algum tipo de dependência com esse homem. Mas na maioria dos casos quem realiza o descumprimento de se afastar da vítima é o agressor. 

A agente da Polícia Civil orienta a população a realizar denúncia quando for vítima ou identificar qualquer tipo de violência ligando nos canais 197, Disque Direitos Humanos no 100 ou procurar a Delegacia de Proteção à Mulher no endereço rua Cecílio Salomão, número 110  no Centro.