Cristiane destaca o fim do contrato para a permanência dos veículos, que serão destinados a outros municípios
Os carros fumacê começaram a passar em Araxá no último dia 21 de fevereiro, devido ao alto registro de casos de dengue nos períodos da manhã, tarde e noite. Com mais de dois meses de trabalho realizado pelos veículos enviados pela Superintendência Regional de Saúde de Uberaba, o contrato entre o governo do Estado e o Município chegou ao fim, inviabilizando a continuidade das atividades. A informação foi confirmada pela secretária de Saúde, Cristiane Gonçalves Pereira, durante a edição desta quinta-feira (25) do programa Imbiara Notícias, da Rádio Imbiara 91,5 FM.
Esses veículos estão equipados com uma máquina que dispersa o inseticida nos locais por onde passam na cidade. Após um mês de operação, o Município conseguiu viabilizar a passagem dos carros fumacê pelos bairros de março até abril, porém a ação foi encerrada de forma definitiva.
“Como já explicamos algumas vezes, o carro fumacê é uma ação complementar. Ela foi importante durante esse período de aumento dos casos de epidemia e é uma determinação do Estado, uma análise da Superintendência Regional de Saúde. Existem outros municípios que também adotam essa estratégia, então os carros fumacê permaneceram no município desde fevereiro até agora e agora seguirão para outras cidades”, comenta a secretária.
De acordo com Cristiane, o Município de Araxá manifestou interesse em ter os veículos de volta. “Já movimentamos a documentação para solicitar, caso seja necessário em outro momento. Temos um novo pedido em análise pela Superintendência Regional. É importante ressaltar que o carro fumacê atinge o mosquito adulto, mas nossa intenção não é essa. Não podemos permitir que os mosquitos nasçam”, acrescenta.
A secretária municipal de Saúde, Cristiane Gonçalves Pereira. Foto: Natália Fernandes/Portal Imbiara
Cristiane convocou a comunidade a se engajar no combate ao mosquito Aedes aegypti. “A responsabilidade é coletiva, é da população, da Prefeitura, de todos nós. Devemos evitar criadouros, focos de larvas, cuidar dos pratos das plantas, dos recipientes dos animais de estimação, das caixas d'água e das calhas, além de contar com a ajuda dos agentes de endemias que visitam essas áreas. Continuaremos com nossas estratégias, incluindo o bloqueio e o UBV Costal, que são mais eficazes do que o carro fumacê”, explica a secretária.
“Contamos com a colaboração da população para receber os agentes e ajudar a cuidar, dedicando apenas 10 minutos por dia ou por semana. Nossas estratégias, definidas pelo comitê, continuam, mas reforçamos: é um pacto coletivo. A população precisa nos ajudar a eliminar esses focos do mosquito”, conclui Cristiane Gonçalves Pereira.
Segundo a última atualização do Painel de Monitoramento de Dados da Secretaria de Estado de Saúde, Araxá possui 4.142 casos de dengue confirmados, além de 4.248 casos prováveis, 16 óbitos em investigação e uma morte decorrente da doença. Em relação a outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegpyti, os dados são baixos. Segundo a atualização, o município tem três casos confirmados de febre Chikungunya, sete casos prováveis, nenhum óbito em investigação e nenhuma morte. Já em relação ao Zika Vírus, todos os índices de casos prováveis, casos e óbitos confirmados se encontram zerados.
