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Postado em: 22/05/2024 - 15:23 Última atualização: 23/05/2024 - 10:22
Por: Alex Sander Xexéu - Portal Imbiara

Supermercados em Araxá limitam compra de arroz devido a enchentes no Sul do Brasil

Informes orientam clientes sobre limite de compra de sacos de arroz

Um dos supermercados pregaram os informes na prateleira destinada a arroz. Foto: Alex Xexéu

A reportagem do Grupo Imbiara de Comunicação esteve em pelo menos três supermercados da cidade e registrou informes aos clientes sobre o limite de compra de sacos de arroz. A falta do produto é consequência das enchentes registradas no Sul do país desde abril.

O Rio Grande do Sul é o maior produtor de arroz do Brasil, responsável por 70% da produção nacional do grão. O cereal é um dos cultivos que estão sendo destruídos nas lavouras por causa das fortes chuvas.

Cláudio Américo, gerente de um supermercado em Araxá. Foto: Alex Xexéu 

Em entrevista à Rádio Imbiara, 91,5 FM, Cláudio Américo explicou que a logística de compra e venda já está sofrendo alterações. Ainda de acordo com o gerente há cerca de 20 dias não foi realizada nenhuma entrega no estabelecimento onde trabalha. “A princípio, já estamos limitando a compra a quatro unidades por cliente, pois as indústrias não estão conseguindo entregar. Todas as marcas já estão enfrentando esse problema. Pode ser que o preço sofra um reajuste mais adiante. Agora, é importante pensar em trazer o produto de fora, fazer a importação”, explicou Américo.

Em outro supermercado de Araxá, a placa informativa alerta o consumidor sobre a compra de até seis unidades por pessoa. Geralda Assunção observa a falta de arroz como algo negativo. “A falta de arroz para nós será muito ruim. Vale lembrar que os arrendatários também não colheram a soja porque as chuvas não permitiram. Para nós é muito complicado, pois as coisas já estão bem caras”, disse Assunção.

De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), desde 2019, a produção de arroz a nível nacional tem sido estável, entre 10 e 11 milhões de toneladas por ano, sendo que o recorde foi em 2021, com 11,76 milhões de toneladas. Para 2024, a safra ainda não está concluída, mas a previsão da entidade é de 10,49 milhões de toneladas.