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Postado em: 19/06/2024 - 18:24 Última atualização: 19/06/2024 - 18:43
Por: Caio César - Portal Imbiara

CBMM esclarece os investimentos feitos no primeiro ônibus elétrico do mundo com nióbio de Araxá

Veículo faz parte do programa de baterias da empresa, intensificado em 2018 quando houve a assinatura de contrato com a Toshiba

Ônibus elétrico foi lançado nesta quarta (19) em Araxá. Fotos: Caio César/Portal Imbiara

A produção do primeiro ônibus elétrico com nióbio de Araxá recebeu investimentos da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) para que a ideia do veículo saísse da teoria para a prática. Durante entrevista coletiva concedida à imprensa nesta quarta-feira (19), o CEO da CBMM, Ricardo Lima, esclareceu sobre o total de investimentos aplicados e afirmou que o veículo faz parte do programa de baterias desenvolvido pela empresa.

Segundo Lima, somente pelo programa, o investimento girou em torno de R$ 60 a 80 milhões por ano. “Esse programa começou a ser desenvolvido de forma mais intensa em 2018, quando assinamos o contrato com a Toshiba. Hoje nós temos 42 projetos que são desenvolvidos simultaneamente. No ano de 2023, a CBMM investiu R$ 230 milhões em pesquisas e desenvolvimento, dos quais R$ 80 milhões em baterias e R$ 150 milhões em outras aplicações, nas quais o aço ainda predomina”, detalha o CEO da CBMM.

O SEO da CBMM, Ricardo Lima, em discurso durante o lançamento de ônibus elétrico com nióbio de Araxá. Foto: Caio César/Portal Imbiara

De acordo com o gerente de produtos de baterias da empresa, Rogério Ribas, o projeto do ônibus elétrico mostrou que o nióbio é um elemento muito bom para conferir propriedades únicas às baterias de lítio, um metal alcalino de cor prateada, sendo o mais leve dos metais e um dos elementos sólidos menos densos. “As propriedades incluem segurança, durabilidade e a grande capacidade de recarga ultrarrápida dessas baterias. Hoje, uma bateria convencional leva horas para ser carregada. Em uma demonstração, vimos que o nosso ônibus carregou de 20% para 100% da carga em 8 minutos e 37 segundos, ou seja, em menos de 10 minutos”, diz Ribas.

O próximo passo do projeto, desenvolvido em parceria com a CBMM, Volkswagen Ônibus e Caminhões e a Toshiba, é a realização de testes que devem durar inicialmente 12 meses. “A expectativa é que operemos de forma ininterrupta nesse período aqui em Araxá com esse veículo, para gerar dados consistentes e podermos ajustar a tecnologia para levá-la ao mercado. A principal diferença para um ônibus comum está no tamanho das baterias e na capacidade de recarga rápida. É um veículo mais leve e de menor custo. O desenvolvimento de novos veículos automotivos leva cerca de 3 a 4 anos. Queremos dar o próximo passo, que é partir para uma pequena frota também em ambiente controlado nos próximos 12 a 24 meses”, explica o gerente de produtos de baterias da CBMM, Rogério Ribas.

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O gerente de produtos de baterias da CBMM, Rogério Ribas. Foto: Caio César/Portal Imbiara