Mesmo com prorrogações, responsáveis não procuraram as unidades de saúde para vacinar os filhos
Em enrevista a Rádio Imbiara 91, 5 FM, a coordenadora de imunização de Araxá, Érica Fonseca, disse da baixa adesão à Campanha de Poliomielite na cidade. Apesar dos esforços para ampliar a cobertura vacinal, a procura pela vacinação permaneceu insatisfatória. Assim como no restante do estado, Araxá alcançou apenas 11% de cobertura vacinal, muito longe dos 95% recomendados como o ideal para atingir todo o público-alvo. A campanha é voltada para crianças menores de 5 anos, e o baixo percentual de Araxá foi informado pelo Ministério da Saúde no início do mês de junho.
“Basicamente continuamos com o mesmo público da semana anterior. A campanha, que começou no dia 27 de maio e foi até o dia 14 de junho, precisou ser prorrogada até o fim do mês. Mesmo assim, a procura continuou baixa”, lamentou Érica.
Segundo a coordenadora, houve uma intensificação na divulgação e promoção da vacina contra a poliomielite devido às baixas coberturas registradas pelo Ministério da Saúde. A vacina faz parte do Programa Nacional de Imunização (PNI) e é administrada em crianças aos dois meses, quatro meses, um ano e três meses, e quatro anos de idade.
“Os pais devem ficar atentos ao cartão de vacina para mantê-lo atualizado. Não é só a vacina da Pólio que é necessária; tivemos problemas com a divulgação de fake news durante a pandemia, o que afetou a confiança na eficácia das vacinas”, alertou.
Érica Fonseca, coordenadora de imunização em Araxá. Foto: Natália Fernandes
Érica também destacou a importância das outras imunizações que fazem parte do calendário vacinal e enfatizou a necessidade de que não apenas as crianças, mas também os adultos se mantenham imunizados. “As outras imunizações são antigas e igualmente importantes. Chamamos a atenção das pessoas adultas que também precisam se imunizar”, concluiu.
A campanha de vacinação contra a poliomielite continua disponível nas unidades de saúde de Araxá, e a Secretaria de Saúde reforça a importância de manter as cadernetas de vacinação em dia para garantir a proteção contra doenças evitáveis.
A vacinação contra a poliomielite é fundamental por várias razões, conforme explicado pelo Ministério da Saúde do Brasil:
Prevenção de Doença Grave: A poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, é uma doença viral altamente contagiosa que pode causar paralisia irreversível e, em casos graves, a morte. A vacinação é a maneira mais eficaz de prevenir essa doença.
Erradicação Global: O Brasil tem sido um dos países líderes na erradicação da poliomielite. Desde 1994, o país é certificado como livre da transmissão autóctone do poliovírus selvagem. Manter altas taxas de vacinação é crucial para prevenir a reintrodução do vírus.
Proteção Comunitária: A vacinação em massa cria uma imunidade coletiva, protegendo aqueles que não podem ser vacinados, como bebês muito jovens ou pessoas com certas condições de saúde que comprometem seu sistema imunológico.
Controle de Surtos: Em um mundo globalizado, surtos de poliomielite em outras regiões representam uma ameaça contínua. A vacinação constante ajuda a prevenir a reintrodução do vírus em áreas livres da doença.
Cumprimento de Recomendações Internacionais: A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a manutenção de altas coberturas vacinais até que a erradicação global da poliomielite seja alcançada. O Brasil, como signatário, segue essas diretrizes para contribuir para a saúde global.
Programa Nacional de Imunizações (PNI): A vacinação contra a poliomielite faz parte do PNI, que é um programa consolidado e bem-sucedido no Brasil, garantindo a disponibilidade e o acesso gratuito às vacinas para toda a população.
