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Postado em: 19/09/2024 - 16:27 Última atualização: 23/09/2024 - 17:03
Por: Manu Chagas - Portal Imbiara

Araxá e cidades vizinhas enfrentam avanço das queimadas no Cerrado

Fogo avança 221% em agosto de 2024; Araxá e região somam mais de 4 mil hectares queimados

Produzir incêndio é crime! Denuncie! Foto: Portal Imbiara

O Cerrado, que é o segundo maior bioma do Brasil, enfrenta um cenário alarmante com o aumento significativo das queimadas. Em agosto de 2024, a região de Araxá e seus municípios vizinhos registraram um crescimento preocupante nas áreas destruídas pelo fogo. De acordo com dados do Monitor do Fogo, coordenado pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), o município de Araxá contabilizou 873 hectares queimados, enquanto cidades limítrofes, como Sacramento, Perdizes, Tapira e Ibiá, somam juntas mais de 3.200 hectares.

Sacramento foi o município mais afetado entre os vizinhos de Araxá, com 1.194 hectares queimados. Tapira teve 893 hectares atingidos, Perdizes registrou 458 hectares, e Ibiá teve 731 hectares destruídos pelo fogo. O bioma Cerrado, que ocupa grande parte do oeste de Minas Gerais, vive um momento crítico, com um aumento de 221% nas queimadas em comparação ao mesmo período de 2023. Esse avanço preocupa especialistas, que apontam para a intensificação do fogo, não apenas em áreas naturais, mas também em regiões agrícolas, como as que cercam Araxá.

As áreas agropecuárias foram fortemente afetadas, com um aumento de 219% nas queimadas. Em todo o Cerrado, 440.843 hectares de propriedades agrícolas foram destruídos em agosto de 2024, comparados aos 138.274 hectares no mesmo mês do ano passado. Esses incêndios têm impactos severos, não apenas ambientais, mas também econômicos, com prejuízos à produção rural.

O desmatamento no Cerrado também está contribuindo para o aumento das emissões de dióxido de carbono (CO2). Segundo o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD Cerrado), o bioma emitiu mais de 135 milhões de toneladas de CO2 entre janeiro de 2023 e julho de 2024. Esse volume é 1,5 vez maior que as emissões anuais da indústria brasileira, o que agrava ainda mais a crise ambiental na região.

As autoridades locais e ambientais continuam monitorando a situação e buscando medidas para conter o avanço das queimadas e proteger as áreas naturais e agrícolas de Araxá e dos municípios vizinhos.

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