A população considera uma medida impopular e muitos não concordam com a volta da medida
O governo brasileiro está analisando a possibilidade de retomar o Horário de Verão em 2024. A medida, que foi suspensa em 2019, está sendo discutida como uma forma de reduzir o consumo de energia, especialmente devido à crise energética e aos altos custos de eletricidade. O horário de verão adianta os relógios em uma hora durante os meses mais quentes, aproveitando melhor a luz natural. Especialistas estão divididos sobre a eficácia da medida, com argumentos tanto a favor, como a redução do consumo, quanto contra, citando impactos no bem-estar da população. A decisão final ainda não foi confirmada.
Segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a decisão final será do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em até 10 dias. Em coletiva, ele disse que outras alternativas serão estudadas, uma vez que não está “100% convencido” de que a volta do horário de verão seja a única e melhor solução.
A reportagem do Grupo Imbiara de Comunicação saiu às ruas para saber a opinião sobre as pessoas sobre a possível volta do Horário de Verão em 2024, veja:
Simone Oliveira, diz ser contra a medida, e a economia deve partir de cada um: "Olha, sou contra, porque acredito que já foi comprovado que não há muita alteração. As pessoas mantêm os mesmos hábitos, independentemente do horário. Após as 18 horas, continuam gastando energia com chuveiro, entre outros. Não sou favorável, acredito que a mudança deve vir pela conscientização das pessoas. Sim, claro. A dificuldade está aí, e muitas pessoas estão ficando sem água. Mesmo quem mora no centro da cidade está passando por dificuldades" disse.
Rodrigo Nascimento, técnico em Química em Araxá, disse que o governo deve investir em outras fontes de energia renovável para resolver o problema. "Contra, sou contra. Atrapalha o relógio biológico de todo mundo. Para acordar às 5, temos que acordar às 4. Não acho que vale a pena. Acredito que deveria haver políticas de educação para economia e investir em mais fontes de energia renovável, como parques eólicos", disse.
Ana Clara Alves, estudante, disse que a medida não é eficaz pois o gasto seria o mesmo. "Verdade, sou contra essa mudança de horário, porque, para mim, não altera muita coisa. Por exemplo, às 7 horas da noite ainda vai estar claro, então a gente não precisa acender a luz. Mas, do mesmo jeito, quando acordarmos por volta das 6 horas da manhã, ainda vai estar escuro, e vamos precisar ligar a luz. Então, não faz muita diferença para mim. Às 5 horas da manhã eu acordo. Ah, não sei, talvez estipular um certo limite para o uso de recursos. Eu não sei exatamente, porque acabo gastando bastante, tanto água quanto energia. Sim, porque cada um paga sua própria conta, então cada um deveria ter consciência de quanto tempo deve usar os aparelhos que gastam energia" explica.