Os encontros são realizados no CAC - Centro de Atendimento a Criança em Araxá
O "Projeto Incluir – Esporte, Dança e Arte" tem transformado vidas em Araxá. Idealizado por Yasmin Araújo, o projeto oferece aulas gratuitas de dança esportiva para pessoas com deficiência, com o objetivo de promover inclusão e fomentar o desenvolvimento esportivo na cidade.
O projeto é patrocinado pela CBMM por meio da Lei de Incentivo ao Esporte e continua em captação de recursos para aumentar a demanda de atendimentos.
Os encontros acontecem no Centro de Atendimento à Criança (CAC), por meio de uma parceria com a Associação Educacional de Desenvolvimento Esportivo e Cultural (AEDEC). De acordo com Yasmin, a iniciativa nasceu da necessidade de ampliar a prática da dança esportiva, que já era realizada há alguns anos, representando Minas Gerais em competições nacionais e internacionais.
“A gente criou esse projeto como uma iniciação esportiva, que atende pessoas com deficiência. Nosso objetivo é desenvolver ainda mais essa modalidade e, quem sabe, no futuro, ter um atleta de Araxá em competições paralímpicas”, destacou Yasmin.
A dança e a atividade física é uma forma de desenvolver sentidos, coordenação motora e sociabilidade. Foto: Alex Sander Xexéu
O projeto é gratuito e atende pessoas com síndrome de Down, deficiência visual, deficiência física, paralisia cerebral e autismo, sem restrições de idade. "Trabalhamos com crianças, adultos e idosos. O único pré-requisito é gostar de dançar e de praticar a dança esportiva", explicou a idealizadora.
Com mais de 30 alunos já inscritos, o projeto está dividido em quatro turmas, que praticam ritmos diversos, como samba, rumba, jive, chá-chá-chá, tango e valsa. “Todos os nossos alunos praticam esses ritmos da modalidade esportiva”, contou Yasmin.
A dança esportiva já está gerando frutos competitivos. Um dos alunos do projeto está se preparando para representar Araxá e o estado de Minas Gerais em uma competição no início de novembro. “Neste ano, teremos um atleta em competição, mas já estamos preparando mais quatro para competir no próximo ano”, disse Yasmin. O projeto espera participar de competições nacionais e, em breve, retomar a participação em eventos internacionais.
A aluna Sofia Isabelle de 9 anos pratica dança desde o 3 anos de idade. Foto: Alex Sander Xexéu
Sofia Isabelle de 9 anos é uma das alunas do projeto e adora as atividades. "A gente dança, faz atividades divertidas e muitas coisas legias. Dançamos Jazz, Rock Antigo, Aquerela do Cerrado e Kika do Cerrado. Eu gosto mais do rock antigo. Antes eu fazia Balet lá no Júlio Dário, eu danço desde os 3 anos", disse.
Para Yasmin, a dança e o esporte têm um papel essencial na inclusão e na transformação social. “Muitos dos nossos alunos chegaram ao projeto em condições de depressão e ansiedade. O esporte vai além do preparo físico, ele envolve superação e disciplina. Acreditamos que as pessoas com deficiência estão sempre se superando, enfrentando limites e preconceitos. Queremos mostrar que todos podem dançar. Para dançar, basta querer”, concluiu.
O "Projeto Incluir" já planeja expandir suas atividades. Novas turmas estão previstas para janeiro de 2025, oferecendo mais vagas para a comunidade.