Em entrevista à Rádio Imbiara, Thiago Amaral, administrador local da St. George, detalhou os principais aspectos do projeto
A cidade de Araxá se prepara para receber um importante investimento no setor mineral. A mineradora australiana St. George está desenvolvendo o Projeto Araxá, que se dedicará à extração de terras raras e nióbio, com início da operação previsto para 2027. O projeto trará para a região um investimento de aproximadamente 2 bilhões de reais e a criação de cerca de 400 empregos diretos.
Em entrevista à Rádio Imbiara, Thiago Amaral, administrador local da St. George, detalhou os principais aspectos do projeto. Segundo ele, a mineradora está apostando no potencial de Araxá, que já conta com infraestrutura de energia, água e mão de obra qualificada. A escolha da cidade não foi por acaso. A St. George, que possui 14 anos de experiência no mercado e atua também com lítio, níquel e cobre na Austrália, viu na cidade o local ideal para seu novo projeto, devido à localização estratégica e às condições favoráveis.
Wanderly (Gerente de exploração), John Prineas (Chairman), Thiago Amaral e Caue Araujo (Diretor - Desenvolvimento corporativo). Foto: Comunicação St. George
O Projeto Araxá, que está em fase inicial de desenvolvimento, inclui a construção da mina e da planta de beneficiamento. Thiago explicou que a mina será responsável pela extração do nióbio e das terras raras, enquanto a planta de beneficiamento terá a função de purificar o minério e prepará-lo para a produção de produtos finais que serão comercializados.
A localização da mina será na região próxima ao Barreiro, enquanto a planta de beneficiamento, ainda em fase de definição, ficará em área distinta, mas próxima, para garantir o espaço necessário para as operações.
Thiago Amaral é diretor local de operações da Sant George em Araxá. Foto: Caio César
Diferente de grandes players do setor, como a CBMM, a St. George não tem como objetivo competir diretamente com empresas estabelecidas no mercado de nióbio. Amaral destacou que o foco da empresa será expandir o mercado, atendendo a novos segmentos e ampliando a oferta de produtos derivados do nióbio. "Não vemos uma concorrência com a CBMM. Nosso volume de produção não é suficiente para rivalizar diretamente com eles. Nossa ideia é crescer o mercado para que possamos posicionar nossos produtos", afirmou.
A mineração é uma das principais fontes de emprego e desenvolvimento para Araxá e a região. Com o início da operação do Projeto Araxá, a expectativa é de que 400 empregos diretos sejam gerados, além de oportunidades indiretas para fornecedores e prestadores de serviços. A St. George destaca que dará prioridade à contratação de profissionais locais, como já demonstrado na composição da diretoria da empresa, que conta com dois araxaenses. "Temos uma mão de obra qualificada em Araxá, e vamos priorizar pessoas daqui para as nossas posições", afirmou Thiago Amaral.
A partir de 2025, a empresa começará a realizar as atividades de perfuração para avaliar os recursos minerais com base em padrões internacionais, como o JORC, que fornecerá uma visão detalhada do volume de minério disponível para extração. As atividades de engenharia, testes de desenvolvimento de processos e licenciamento também estão em andamento. A previsão é que a construção da usina comece em 2026, com a operação efetiva sendo iniciada em 2027.