Espaço abriga cerca de 200 animais e realiza resgates de rua; denúncias de maus-tratos podem ser feitas de forma anônima
Em uma cidade onde os olhos atentos da comunidade fazem a diferença, o Canil Municipal de Araxá vem se tornando um importante ponto de acolhimento e cuidado para cães em situação de vulnerabilidade. A estrutura abriga atualmente cerca de 200 animais e realiza o resgate de cães doentes, atropelados ou vítimas de maus-tratos.
De acordo com o coordenador do canil, Flávio Henrique Borges, a maior parte dos pedidos de socorro chega por iniciativa dos próprios moradores. “A comunidade tem se sensibilizado cada vez mais. Quando alguém vê um animal precisando de ajuda, entra em contato com a gente. Aí, um veterinário é encaminhado até o local para avaliar se é caso de resgate”, explica.
Flávio Henrique Borges, coordenador do canil municipal. Foto: Manoelita Chagas
Após o atendimento e, quando necessário, tratamento veterinário, os cães recuperados são castrados e disponibilizados para adoção. As feiras são realizadas em parceria com a Vigilância Ambiental e incluem tanto filhotes quanto adultos saudáveis, prontos para ganhar um novo lar.
O canil recebe apenas cães no momento. Gatos não ficam alojados no espaço, mas podem receber atendimento de primeiros socorros em situações emergenciais, como atropelamentos. Nesses casos, a pessoa que levou o animal até o local precisa assumir a responsabilidade pelo cuidado após o atendimento inicial.
Infelizmente, nem todos os resgates têm final feliz. Quando um animal não resiste, ele é congelado e, semanalmente, uma empresa terceirizada recolhe os corpos para cremação em outro município.
Além do trabalho de acolhimento, o canil também atua diante de denúncias de maus-tratos. Flávio explica que elas podem ser feitas diretamente com a equipe do canil ou com a Polícia Civil, Polícia Militar e Polícia Ambiental. O denunciante pode permanecer anônimo.
“Nosso papel é proteger esses animais. E cada ligação, cada denúncia, cada pessoa que se envolve, faz com que esse trabalho tenha mais alcance e mais sentido”, conclui o coordenador.
Fotos: Manoelita Chagas
