Pais tiveram que recorrer a novos laudos médicos para garantir a aplicação da primeira dose dos filhos
Critérios definidos para a vacinação contra o Covid-19 de crianças de 12 a 18 anos em Araxá gerou confusão na aplicação do imunizante na manhã desta quarta-feira (22).
Mães de crianças autistas manifestam seu descontentamento com falta de esclarecimentos quanto aos critérios que definem as comorbidades e deficiências, por parte da Prefeitura de Araxá.
Com a recusa na aplicação da dose, a mãe de uma das crianças diagnosticadas com autismo precisou acionar a Polícia Militar para garantir a aplicação do imunizante. Viviane Gonçalves, mãe de Mariana, de 13 anos, apresentou o laudo no qual indicava a deficiência permanente, mas teve a oferta da vacina negada pelos agentes da Secretaria Municipal de Saúde.
Polícia Militar foi acionada para resolver a situação. Foto: Natália Fernandes/Portal Imbiara
Os trabalhadores de frente ao combate contra a Covid-19 informaram que no documento apresentado faltaram especificações sobre a gravidade da deficiência. Esse critério foi estipulado pela Secretaria de Estado de Saúde. Erica Fonseca, coordenadora da campanha de imunização de Araxá, esclareceu que apesar da deficiência permanente ser definida como grupos prioritários a serem contemplados, deve-se observar o grau de autismo da criança ou adolescente. Sendo, desta forma contemplados apenas os casos mais graves especificados por laudo médico.
Após a confusão, os pais da criança precisaram recorrer ao médico responsável pelo acompanhamento para que o mesmo gerasse um novo laudo com as especificações exigidas pela Secretaria. Com laudo específico, Mariana pode receber a primeira dose da vacina.
Outros pais que enfrentaram o mesmo problema foram orientados a recorrer aos médicos ou aguardar a vacinação por idade.
