O médico urologia Daniel Angotti Akel fala sobre a doença
O câncer de próstata, tipo mais comum entre os homens, é a causa de morte de 28,6% da população masculina que desenvolve neoplasias malignas. No Brasil, um homem morre a cada 38 minutos devido ao câncer de próstata, segundo os dados mais recentes do Instituto Nacional do Câncer (Inca).
“O câncer de próstata é uma doença relacionada ao envelhecimento. À medida que tem o envelhecimento da população, você tem a maior chance de diagnosticar o câncer de próstata, visto que a incidência da doença ocorre com o envelhecimento do homem e a modernização dos meios de diagnóstico”, explicou o médico urologista Daniel Akel, em entrevista à Rádio Imbiara FM 91,5.
Na fase inicial, o câncer de próstata não apresenta sintomas e quando alguns sinais começam a aparecer, cerca de 95% dos tumores já estão em fase avançada, dificultando a cura. Na fase avançada, os sintomas são: dor óssea, dores ao urinar, vontade de urinar com frequência, presença de sangue na urina e/ou no sêmen.
Os fatores de risco são o histórico familiar de câncer de próstata: pai, irmão e tio, homens negros sofrem maior incidência deste tipo de câncer e a obesidade.
Prevenção e tratamento:
A única forma de garantir a cura do câncer de próstata é o diagnóstico precoce, mesmo na ausência de sintomas,
Cerca de 20% dos pacientes com câncer de próstata são diagnosticados somente pela alteração no toque retal. Outros exames poderão ser solicitados se houver suspeita de câncer de próstata, como as biópsias, que retiram fragmentos da próstata para análise, guiadas pelo ultrassom transretal.
“Se o indivíduo tiver histórico de câncer de próstata na família ou ele for da raça negra a partir dos 45 anos de idade, uma vez por ano ele deve procurar o seu urologista, fazer o exame de toque e o exame de PSA. Se o indivíduo não teve caso de câncer na sua família, ele pode iniciar os exames a partir dos 50 anos de idade, sempre com a realização do exame de toque e do PSA, pois os dois se complementam”, ressaltou o médico urologista.
A indicação da melhor forma de tratamento vai depender de vários aspectos, como estado de saúde atual, estado da doença e expectativa de vida. Em casos de tumores de baixa agressividade há a opção da vigilância ativa, na qual periodicamente se faz um monitoramento da evolução da doença intervindo se houver progressão da mesma.
