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Postado em: 24/01/2022 - 12:17 Última atualização: 24/01/2022 - 16:49
Por: Natália Fernandes - Portal Imbiara

Prefeitura de Araxá quer efetivar canalização do Córrego Grande após alerta de fortes chuvas

Projeto técnico executivo pretende atender às questões ambientais e de mobilidade urbana ligando a área central à BR-262

Cinco famílias que se recusaram a sair da área de risco foram atingidas pela enchente do Córrego Grande. Foto: Redes Sociais

O intenso temporal registrado na tarde do último sábado (22) deixou diversos pontos alagados e danos aos moradores em Araxá.  A prefeitura iniciou a operação de uma força tarefa para atender as ocorrências registradas no município. Essa ação reúne junto à Defesa Civil, as Secretarias Municipais de Serviços Urbanos, Ação Social e Segurança Pública.

Em entrevista ao Imbiara Notícias, na Rádio Imbiara Fm (91,5) desta segunda-feira (24), o coordenador da Defesa Civil e vice prefeito de Araxá, Mauro Chaves, falou sobre as ações realizadas junto a comunidade que vive às margens do Córrego Grande. “Tivemos o registro de enchente na Rua Pará onde há um aglomerado de casas. A água subiu aproximadamente 4,5 metros. Com o Comitê de enfrentamento às áreas invadidas nós conseguimos fazer a desocupação de 42 famílias das 47 que existiam ali. As pessoas que estavam nestes locais foram remanejadas para outras moradias. É esperado que nesta semana a gente consiga remanejar as outras cinco famílias que permaneceram”, disse Mauro Chaves.

De acordo com os dados da Defesa Civil, foram mais de 40 chamados registrados  em Araxá referentes aos danos causados pela forte chuva, como árvores e muros caídos, além de casas destelhadas.  O aumento do nível da água do Córrego Grande, que percorre os bairros São Francisco e Santa Maria, afetou cinco famílias que ainda moram nas áreas invadidas.

Em abril de 2017, foi iniciado um estudo da região para elaboração de projeto executivo que na época, de acordo com o secretário de Obras Públicas e Mobilidade Urbana, Sebastião Donizete, deveria ser iniciada a obra no bairro Bom Jesus passando pelos bairros Leblon, Francisco Duarte, São Francisco, Ana Pinto de Almeida, Santa Maria e Max Neumann, continuando até a rodovia BR-262. A obra na bacia hidrográfica tinha previsão de retirar e remanejar cerca 200 famílias em situação de risco. Uma intenção prioritária também desta gestão, segundo o vice prefeito.

“O Córrego Grande a gente sabe que é desejo da comunidade e do prefeito  Robson Magela a gente apresentar um projeto para dar uma solução definitiva para aquele local.  As invasões são um risco muito grande, são áreas ribeirinhas, por isso, vamos fazer um projeto técnico executivo para verificar o valor que seria de uma eventual canalização daquele córrego para fazer a captação de recursos junto ao governo federal e ao governo do estado, para fazer uma parceria também com recursos ordinários e trazer uma solução definitiva.  Além da questão ambiental, é uma questão de mobilidade urbana que poderia trazer uma grande via para interligar a área central até a BR-262 e tirar essas pessoas das áreas de risco”, explica Chaves.



O Comitê de enfrentamento as áreas invadidas em Araxá continua em atuação para desocupação dos locais 


“O temporal de sábado nos pegou de surpresa. Eu nunca havia visto um volume tão grande de água e também a velocidade do vento assustou muitas pessoas e trouxe muitos transtornos  e danos materiais. Tivemos várias ocorrências registradas na cidade, mas apenas danos materiais”, explica o vice-prefeito.

De acordo com a administração municipal, alguns pontos de maior preocupação estão sendo monitorados, como as ruas Maria Aparecida de Araújo, no bairro São Francisco, e a José Carlos Braz, no bairro Santa Maria. São locais que ficam a margem dos córregos e correm o risco de alagamento por causa do aumento do nível dos cursos d’água.

Ainda segundo o coordenador da Defesa Civil, a ação da força tarefa ainda vai continuar nos próximos dias e qualquer ocorrência relacionada à chuva deve ser informada à Defesa Civil, através do 199 ou ao Corpo de Bombeiros, pelo 193.

“A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros trabalham de forma próxima e rápida. Em alguns casos mais graves há a intervenção do local para identificar os riscos. De forma célere todas as Secretarias de prontidão, e o Plano de Contingência possibilitou mobilizar todo mundo em tempo recorde e conseguimos dar uma resposta bem rápida à comunidade”, finaliza Mauro Chaves.