O Sine em Araxá recebe cerca de 100 pessoas todos os dias, segundo coordenadora
Uma palavra já conhecida na vida dos brasileiros e nos noticiários ainda continua bem presente, o desemprego. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil atinge atualmente cerca de 12 milhões de desempregados.
Araxá tem a mesma média comparando ao país segundo a coordenadora e responsável do Sine em Araxá, Carina Araújo. O Sine realiza o trabalho de encaminhar pessoas que está à procura de emprego ao mercado de trabalho. De acordo com Carina Araújo, o Sine tem uma alta procura de pessoas em busca de um serviço. “Nós estamos aí em média de 90 a 100 pessoas por dia, em busca de intermediação de mão de obra”.
Sede do Sine em Araxá recebe de 90 a 100 pessoas por dia. Atualemente oferta 180 vagas diariamente. Foto: Portal Imbiara
Não existe um número preciso de pessoas que estão em situação de desemprego em Araxá. De acordo com informações de Luciana Menezes Rios, chefe da Agência de Trabalho do Ministério do Trabalho em Araxá, existe um levantamento de pessoas que foram admitidas e pessoas que foram desligadas de empregos. Os dados são de janeiro de 2022 e são baseados no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). Essa é a sigla para Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. Ele é o dispositivo legal utilizado pelo Ministério do Trabalho e Emprego para acompanhar a situação da mão de obra formal no Brasil, a fim de levantar dados de geração de emprego e desemprego no país.
“Essas informações que possuímos é do número de admissões e desligamentos no município. Nós temos um saldo positivo de admissões contratações de 1185 trabalhadores e tivemos um desligamento de 1285. Nós tivemos mais trabalhadores demitidos do que admitidos, um saldo negativo de -70. Atualmente Araxá possui um estoque de 27.468, esse estoque são pessoas que possuem carteira assinada no município", disse Menezes.
Para calcular esse número, a instituição também utiliza a Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios Contínua (PNAD). Nela são verificados quantos desempregados o Brasil possui. O termo desemprego dentro da pesquisa aparece como “desocupação”. O PNAD é um questionário realizado em domicílios de todo o país por recenseadores do IBGE. Nele são perguntados quantas pessoas residem na casa, grau de escolaridade, quantas pessoas trabalham, número de bens e outras que traçam um perfil geral dos moradores.
De acordo com informações do IBGE, o número de desempregados na Região Sudeste atinge 11%.
Trabalho de encaminhamento das pessoas desempregadas pelo Sine
“Nós temos nossa equipe de captação de vagas. Então, nós fazemos visitas nas empresas explicando o trabalho do Sine. Nós fazemos um trabalho totalmente gratuito, tanto para os empresários como para os trabalhadores. Os empresários divulgam as vagas juntamente com a gente. Divulgamos as vagas no site oficial da prefeitura e essas vagas são replicadas em diversos canais de comunicação da cidade. O trabalhador acompanha essas vagas, vem até aqui e apresenta sua experiência para a vaga. Então, nós damos uma carta de encaminhamento para ele ir até a empresa”, explica Araújo.
De acordo com Carina Araújo, não existe um perfil exato de pessoas que procuram o Sine. O que existe é um perfil misto e também um alto número de pessoas que buscam outra recolocação no mercado de trabalho. “O Sine oferece 180 e 200 vagas ao dia”, explica.
Carina Araújo é a Coordenadora responsável pelo Sine em Araxá. Foto: Carina Araújo.
Outra situação que a coordenadora do Sine pontua é que a falta de experiência é grande e a capacitação no mercado ainda é baixa. A coordenadora comentou sobre a Escola do Emprego, projeto apresentado pelo vereador de Araxá Wellington Martins (PSD). O projeto tem finalidade de ajudar pessoas na capacitação e busca de um serviço no município.
Daiane Évellin é moradora de Araxá, desempregada a quase 5 anos ela disse que não está nessa situação por falta de procurar emprego, mas sim, por falta de oportunidades que não estão dando no mercado de trabalho. “Aos meus olhos, hoje vejo que tem muitas pessoas procurando emprego, mas não tem qualificação e vagas têm muitas, mas a tal experiência que pedem, é difícil, não dão a oportunidade de se desenvolver uma profissão. Espero que isso mude, pois temos muitos trabalhadores que não tem experiência e são capazes de atender a vagas que oferecem no mercado, disse Daiane Évellin.
