Projeto de Lei que visa diminuir o número de vereadores de 15 para 10 em Araxá, precisaria de cinco assinaturas para ser apresentado na Casa de Leis, mas conseguiu apenas três assinaturas dos pares
Apenas três vereadores assinaram o projeto de lei que visa reduzir as cadeiras do legislativo de 15 para 10. Foto: Eduardo Santana
O Vereador César Romero (Garrado –PR) anunciou no estúdio móvel da rádio Imbiara 91,5 que aconteceu no último dia (25) no bairro Santo Antônio, sobre o projeto de Lei que visa diminuir as cadeiras de vereadores no legislativo e que apresentaria na reunião da Câmara Municipal de Araxá. Na oportunidade o vereador Bosco Júnior (AV) se posicionou favorável ao projeto de lei, no programa Imbiara Notícias ao vivo.
Na última reunião ordinária da Câmara Municipal que ocorreu nesta terça-feira (30), o Vereador César Romero pediu apoio de seus pares para o projeto que reduziria o número de vereadores no município de 15 para 10 parlamentares. Para Garrado, “ a moralização do país deve ser iniciada nos municípios”. De acordo com ele, a medida iria gerar uma economia de cerca de 2 milhões de reais por ano e 8,5 milhões por mandato.
Ele questionou a proporcionalidade do número de cadeiras em Araxá, quando comparada a cidades maiores como Uberaba e Uberlândia. Para o parlamentar, o dinheiro poupado poderia ser investido na construção de creches, valorização dos servidores municipais, saúde, entre outros.
O projeto de autoria do vereador Garrado precisaria de cinco assinaturas dos parlamentares para ser apresentado e poder tramitar na Casa. Mas o projeto conseguiu apenas três assinaturas dos parlamentares, Luiz Carlos Bittencourt (Podemos), Emílio de Paula Castilho ( PR) e do autor do projeto.
Na tribuna o vereador Garrado também lamentou os vereadores não terem assinado o projeto. Mas a qualquer momento que a propositura conseguir mais duas assinaturas, poderá ser apresentada e tramitar no legislativo.
Em entrevista para o Portal Imbiara e a rádio Imbiara 91,5 Fm alguns vereadores se posicionaram a respeito de não terem assinado o projeto de lei.
O vereador Bosco Júnior justificou o seu posicionamento e disse que manteve o seu posicionamento e que faz parte de uma geração que é à favor da redução da máquina pública e não escapa dessa geração. "Na última semana eu dei essa resposta, quando foi me colocado esse assunto e me feito uma pergunta dois segundos depois, onde a gente não teve tempo de analisar a ação como um todo. Tendo agora esse tempo de maturação, a gente pôde analisar e no meu ponto de vista esse recurso não vai ser aplicado de forma direta à economia, em construção de escola, PSF's."
Para o Bosco Júnior, esse projeto tem que ser ajustado e ser realizado com outras ferramentas que vão possibilitar que essa economia vá direto para os setores da comunidade que precisam de melhorias. Por isso se posicionou neutro ao projeto.
O Pastor Claudenir Dias (PP ) disse que é contra ao projeto de lei, pois não representa economia nenhuma. "O município repassa 6% da arrecadação para a Câmara Municipal e isso impede a representatividade do seguimento da sociedade, se não fosse 15 cadeiras eu não estaria aqui e acho que reduzir para 10 é fechar um clube de alguns que conseguem não sei com que meio se reelegerem. Não vejo benefício nenhum para a população. E temos que ter representatividade."
A vereadora Fernanda Castelha (PSL) informou que não assinou o projeto, porque não se sentiu segura para assinar. "Apesar de ser um projeto interessante, cortando custos da câmara, eu sou totalmente a favor de cortar os custos, só que é um projeto muito vago, quem me garante que esse dinheiro que vai ser economizado na câmara vai ser revertido para a população?" Questionou a parlamentar.