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Postado em: 30/05/2023 - 16:20 Última atualização: 30/05/2023 - 16:30
Por: Caio César/Bruna Isabella - Portal Imbiara

Reunião na Câmara de Araxá anuncia primeira oitiva a ser feita pela CPI da Agricultura

Primeiro a ser ouvido será o controlador e auditor-geral do Município, Bruno Borges Almeida

Reunião da CPI da Agricultura contou com a participação de apenas dois vereadores. Fotos: Bruna Isabella/Portal Imbiara

A Câmara de Vereadores promoveu reunião que marcou o retorno dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga irregularidades na Secretaria Municipal de Agricultura e Pecuária. O momento ocorreu nesta terça-feira (30) e antecedeu a reunião ordinária no plenário Guilherme Gotelip Neto. Ao lado da relatora Maristela Dutra (PATRIOTA) e do membro Pastor Moacir, o presidente Luiz Carlos Bittencourt (PSL) conduziu os trabalhos de reunião que informou sobre a primeira oitiva a ser feita na quarta (31) às 17h30 com o controlador e auditor geral do Município, Bruno Borges Almeida, na Câmara de Vereadores.

Valtinho da Farmácia e Dr. Zidane, ambos do PP, foram os dois únicos vereadores dos quize atuais legisladores que participaram de evento promovido pela CPI da Agricultura. Segundo a vereadora Maristela Dutra, a reunião realizada é a continuidade dos trabalhos da comissão que foram iniciados em audiência pública. “Pedimos que a Prefeitura enviasse a auditoria produzida por ela mesma e lançada no último dia 17 de janeiro. Pedimos o relatório dessa auditoria e foi enviado para nós. Analisamos toda essa documentação, verificamos várias questões que merecem esclarecimentos, casos até de irregularidades ou não. O Bruno foi convidado a vir aqui para sanar essas dúvidas que foram levantadas nesse momento de análise dessa auditoria. A oitiva é um convite. Vai ser ouvido como convidado para esclarecer e não na condição de investigado”, explica.

Maristela diz também que após essa oitiva outras ações serão realizadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Agricultura. “O objetivo é intensificar essas ações e situações que já nos colocaram em dúvida com relação a essa auditoria interna. Amanhã (31) será o nosso ponto de partida. Dependendo das informações que forem repassadas nós vamos estar chamando outras pessoas, até propriamente, quem participou na assinatura de documentos dentro dessa auditoria, pessoas envolvidas nessas operações que já foram relatadas pelo próprio delegado de polícia”.

A CPI está aberta para receber informações de outras pessoas que contribuem com o desenvolvimento dos trabalhos. “A CPI pode dar uma amplitude de captação das informações para que possamos melhor conduzir esse trabalho. Já temos uma lógica de acontecimentos das oitivas, mas amanhã (31) é o pontapé inicial do trabalho”, reitera.


A vereadora e relatora da CPI da Agricultura, Maristela Dutra

Dutra esclarece que se existe uma intenção da CPI de tornar público algumas questões abordadas nessa auditoria da Prefeitura. “Primeiramente, a gente vai verificar com ele o conhecimento dele em relação a auditoria porque foi divulgada até pela Prefeitura que após 30 dias depois de encerrada a auditoria se realizaria uma sindicância. Então queremos saber se foi feita essa sindicância ou não. Vamos resguardar nomes. Às vezes, os fatos podem até ser conhecidos como já foram amplamente debatidos, mas nesse primeiro estaremos resguardando os nomes das pessoas até a gente conseguir a abertura do sigilo total pela polícia”, enfatiza a relatora da CPI.

Para a vereadora, o conteúdo do que foi divulgado pela mídia e pronunciado através da Polícia Civil pode ser trabalhado pela Comissão Parlamentar de Inquérito da Agricultura. “Queremos intensificar e chegar corretamente nessa questão das possíveis irregularidades que geraram um prejuízo ao poder público, aos munícipes de Araxá até então computado no valor de R$ 4 milhões”.

De acordo com a relatora da CPI, a comissão pretende ouvir os secretários que já saíram como o Wander Prugger (Mãozinha) e o secretário interino Ricardo Alexandre (Kaká) e o atual gestor da pasta ocupada por César Romero da Silva (Garrado). “Por mais que a investigação ter sido às vezes objeto de algum momento para frente não nos proíbe de buscar informações pretéritas do antigo secretário, do atual secretário, do secretário que foi exonerado também, de todas as pessoas que foram exoneradas, podemos ouvi-los, do consórcio municipal envolvido que no caso é a Cimpla. Podemos ouvir como convidadas essas pessoas. Vamos trabalhar em cima dessas questões para ampliar e ver quem está envolvido ou não para conduzir com mais transparência essas informações à população”.

“O que mais queremos é que o dinheiro público seja tratado como tal porque não é da pessoa e sim da municipalidade e dos munícipes. Esse dinheiro tem que ser entregue de volta para a população”, completa a vereadora.