Audiência de instrução ouviu duas testemunhas indicadas pelo Ministério Público no caso de compra de votos
O vereador Ricardo Assis Gianvechio (Zidane), responde como réu em dois processos, um de compra de votos e outro de falsidade ideológica eleitoral. Nesta sexta-feira (21) no caso de compra de votos aconteceu mais uma audiência de instrução, realizada pelo juiz Eduardo Augusto Gardesani, onde foram ouvidos dois Polícias Civis indicados como testemunhas de acusação pelo Ministério Público.
A sessão foi iniciada pelo promotor de justiça, Genebaldo Vitória Borges, que apresentou o caso e iniciou as perguntas. O processo movido pelo Ministério Público de Minas Gerais contra o vereador Zidane, trata-se de uma investigação da Polícia Civil onde durante a eleição “cabos eleitorais” prometiam dinheiro visando obter votos, Zidane teria prometido cargos a estes cabos eleitorais em troca de apoio.
Zidane foi denunciado 26 vezes por doação de dinheiro, promessas de vantagens para 22 eleitores, mais promessas de vantagens para quatro “cabos eleitorais”. Melevino Oliveira Neto, assessor do vereador, é denunciado 23 vezes por doação de dinheiro, promessas de vantagens para 22 eleitores, mais solicitação de vantagens para o então candidato.
Durante as perguntas os Policiais Civis interrogados, confirmaram que tudo foi descoberto através do telefone de Fernando Rodrigues, assessor do vereador Zidane durante a campanha, que teve o telefone apreendido para apurar crimes de venda e falsificação de CNH, o que gerou a posterior prisão de Fernando. Através dessa investigação a Polícia Civil tomou conhecimento da prática de crime eleitoral.
Segundo os policiais, as pessoas identificadas na investigação de receberem dinheiro, foram ouvidas durante as oitivas na delegacia e afirmaram ter recebido os valores.
O advogado de defesa do vereador Zidane, fez perguntas aos policiais questionando quanto tempo Fernando teria ficado na cela da delegacia para depoimentos, segundo a defesa existe uma falha no tempo de registro entre as datas que ele foi retirado do presídio e que prestou depoimento, as informações estariam se contradizendo, os polícias questionados declaram desconhecer esse período e afirmaram que Fernando ficou no máximo um dia para depoimento na delegacia.
A defesa do vereador também questionou aos Polícias se esses chegaram a fazer vídeos ou apoiaram de alguma forma o investigador Rodrigo Eduardo da Silva que foi candidato a vereador, Rodrigo seria o segundo suplente do vereador Zidane, o primeiro suplente é o atual secretário de serviços Urbanos, Kaká. Os policiais interrogados afirmaram não terem feito vídeos ou até mesmo apoiado o investigador durante as eleições.
A sessão foi encerrada prevendo outra audiência que deve ouvir outras duas testemunhas de acusação, sendo posteriormente ouvidas as testemunhas de defesa.
Zidane responde a outro processo originado de uma segunda denúncia do Ministério Público, que se deu através da mesma investigação. Por prática de falsidade ideológica eleitoral por subfaturar notas fiscais de produtos adquiridos durante a campanha em uma gráfica em Araxá. Esse processo aguarda sentença.