Magda Verçosa é mãe de Ricardo, conhecido como beleza e possuía uma máquina que trabalhou prestando serviços para a Prefeitura
Na tarde desta segunda-feira (11), foi ouvido na Câmara Municipal de Araxá na Comissão Processante de Inquérito (CPI) que investiga irregularidades na Secretaria de Agricultura de Araxá, Magda Verçosa que é mãe do ex assessor da Secretaria, Ricardo Verçosa conhecido como Beleza.
Ricardo durante a sua oitiva na CPI afirmou que sua mãe possui uma máquina arrendada para a empresa de Luciano (proprietário de empresa prestadora de serviço no Cimpla), por isso a senhora Magda foi chamada como testemunha a dar esclarecimentos.
Magda, afirmou que esteve na delegacia prestando depoimentos como testemunha, diz ser proprietária de uma máquina retroescavadeira que comprou para que seu neto trabalhasse e segundo ela a compra da máquina aconteceu de três formas e ela ainda segue pagando um empréstimo. “Eu dei uma parte no dinheiro, financiei outra parte e a outra parte em cheques pré-datados, paguei R$150 mil nela, eu arrendei essa máquina para o Luciano Carequinha”, esclareceu.
A mãe do Ricardo afirmou que o prefeito de Araxá, Robson Magela era amigo da família, disse durante a CPI já ter frequentado a casa do prefeito. “Desde que começou essa investigação nós fomos impedidos de ter contato, afastou todos os amigos”, disse sobre a investigação da Polícia Civil.
Em oitivas anteriores foi apresentado um áudio onde o prefeito de Araxá pede para ser dado uma atenção a uma máquina. “É por isso que eu te falei, você dá atenção para aquela maquininha lá do homem do careca lá para ele estar rodando ela também”, parte do áudio apresentado anteriormente na CPI.
Sobre como era realizado o aluguel da máquina, Magda explicou que por mês dava uma média de R$10 a R$11 mil mensal e todo valor de manutenção, combustível e operador era descontado. “Eu combinei com o Carequinha que ele me pagaria R$120 por hora, ele acertaria com a gente mensal, tiraria todas as despesas e pagaria só o líquido e ele depositava para mim todo mês no banco, aquilo que era meu”, ressaltou.
Segundo ela, nunca passou nenhum valor para o Ricardo Beleza. “Esse valor era meu, a máquina era minha. Eu comprei essa máquina para o meu neto trabalhar, quando eu comprei do Daniel tinha um operador que veio do Daniel, depois passou para o meu neto, porque a minha intenção nesse investimento era arrumar um serviço para o meu neto”, enfatizou Magda.
“Eu queria aumentar nossa renda, estava procurando um jeito de aumentar e colocar meu neto para trabalhar, como eu sabia que esse tipo de máquina sempre tinha serviço, eu procurei uma para comprar, nós fomos ver consórcio, conversei com diversas pessoas, amigos familiares, eles me falaram que essa máquina sempre tinha serviço em diversos lugares, aí eu financiei fui atrás de uma máquina fui atrás do Daniel que a gente já conhecia, sabia que ele tinha uma máquina para vender eu negociei com ele”, acrescentou.
Magda ainda respondeu na CPI que seu filho Ricardo era amigo do ex-secretário Wander Prugger (Mãozinha), que Daniel é amigo da família e não lembra o nome completo, comunicou que precisaria olhar nos contratos, disse não saber quem convidou seu filho para trabalhar na Secretaria e que quando adquiriu a máquina o seu filho já trabalhava na Secretaria de Agricultura.
Durante a oitiva ainda relatou que Luciano ficou devendo os meses de setembro e outubro de 2022. “Nós ficamos sem acerto os dois últimos meses, esses nós não acertamos ainda, ele falou que a Prefeitura não estava pagando ninguém, que ninguém estava recebendo, agora nós estamos esperando”, concluiu.
Magda se comprometeu a entregar os extratos bancários que comprovam as transferências referentes aos pagamentos.
Acompanhe a oitiva completa: https://www.youtube.com/watch?v=91iok7DJHTQ
Todas as matérias sobre as oitivas da CPI, podem ser conferidas na coluna de Política do Portal Imbiara. AQUI
Investigação da PCMG
A investigação da Polícia Civil foi feita na Secretaria de Agricultura de Araxá, iniciou-se em setembro de 2022 e apura desvios que podem chegar na ordem de pelo menos R$ 4 milhões. A investigação contou com oitiva de 40 pessoas e análises periciais, os suspeitos teriam lesado os cofres do município por meio de pagamentos de serviços não prestados, pagamentos em duplicidade, superfaturamento de horas trabalhadas, desvio de combustível da prefeitura e recebimento de vantagem financeira para beneficiar empresas.
CPI
A CPI criada apresenta como justificativa a gravidade da situação exposta pela “Operação Ourímetro”, desencadeada pela Polícia Civil, bem como os representantes da Casa legislativa merecem esclarecimentos sobre possíveis desvios de finalidade e lesões ao erário que, em tese, estariam acontecendo. O documento de protocolo da CPI ainda ressalta que a sociedade Araxaense necessita que dentro da esfera de atuação dos vereadores sejam propostas soluções adequadas
