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Postado em: 21/09/2023 - 15:03 Última atualização: 21/09/2023 - 16:26
Por: Bruna Isabella Silva / Portal Imbiara

Prefeito de Araxá esclarece para a imprensa o porquê não compareceu na CPI da Agricultura

Robson Magela disse que devia esclarecimentos à população e respondeu a todas as perguntas da imprensa

Coletiva de imprensa no gabinete do prefeito de Araxá Foto: Caio César / Portal Imbiara

Na coletiva que durou quase uma hora o prefeito de Araxá Robson Magela, esclareceu o porquê não comparecia na CPI da Agricultura à qual foi convocado na Câmara de Araxá para ser realizada na tarde desta quarta-feira (20), no lugar de comparecer na coletiva o prefeito convidou a imprensa para uma coletiva.

“Primeiramente a gente queria esclarecer que o prefeito na condição de chefe do poder executivo ele não tem a obrigatoriedade de comparecer perante a CPI, isso se dá em razão inclusive da preservação da separação dos poderes, ele até havia se disponibilizado em comparecer, mas diante de condutas atípicas que percebemos durante a comissão achamos por bem ele promover todas as explicações nesta presente coletiva”, iniciou dizendo o advogado do prefeito Germano Jeremias Moreira Lúcio.

O prefeito iniciou a coletiva dizendo que queria esclarecer à população de Araxá os temas apresentados durante as oitivas da CPI. “Confesso que queria estar lá na Câmara prestando esclarecimentos, mas depois que vi algumas conduções pela maioria da comissão isso não condiz com a minha pessoa, gritaria, falta de respeito, então isso não cabe a minha pessoa intimidação, fazendo um pré-julgamento das pessoas a CPI não tem poder para isso, eu não vou ir lá passar por chacota em um circo montado nós sabemos que ano que vem é ano político então eu não vou dar trampolim para esse pessoal da oposição não”, pontuou.

Respostas do prefeito à coletiva de imprensa:

Sobre a máquina de propriedade da mãe de um ex-servidor: “Ele me procurou e disse minha mãe está querendo comprar uma máquina para colocar meu filho para trabalhar, você acha que consegue fazer credenciamento no Cimpla, eu disse, eu não sei nem como funciona, você tem que ver a questão da legalidade, se deu tudo certo porque ele deve ter procurado a legalidade”. 

Áudio o prefeito supostamente pedindo prioridade em uma máquina:  “O áudio deixa bem claro que eu quero as estradas boas, eu quero as estradas vicinais boas e com certeza na hora que falei dá atenção para a máquina do rapaz do, Carequinha, com certeza a máquina estava para lá, quer dizer que se chover não vai dar manutenção”.

Multas de trânsito recebidas do ex-secretário Wander Prugger, dirigindo o veículo da prefeitura alcoolizado: “Me parece que o Mãozinha pagou essas multas que ele levou, tanto que depois teve uma pessoa que foi lá para a secretária para dirigir para ele, como forma de advertência nos colocamos ele oh você é secretário, mas não é motorista, então tinha uma pessoa que dirigia para ele”.

Empréstimo de dinheiro de um empresário amigo do prefeito que presta serviço terceirizado para a Prefeitura: “O Branco me emprestou R$70 mil na maior boa-fé, ele até insistiu comigo, porque nós temos uma amizade antes de eu mexer com vereança, prefeitura nossa amizade é da época do rádio, então eu não vi maldade, sei que não agi de má-fé também é simplesmente porque eu queria fazer a piscina aproveitando que já estava no término da obra, porque já aproveitava a bagunça inteira que já estava lá”.

 “Em momento algum eu pensei que poderia me dar problema, porque não tem nada que me proíba de pegar um dinheiro emprestado com um amigo meu, por mais que ele preste serviço para o consórcio que tem um contrato com a prefeitura”, pontuou o prefeito.

Sobre os pagamentos ao engenheiro terem sido feitos por fazendeiros: “Acho que foi inocência tanto da minha parte quanto da dele, mas eu sabia porque quando ele (Branco) ligou para o rapaz da piscina  eu estava do lado dele, ele ligou e falou você parcela para mim eu vou trabalhando e mandando para você, até porque o Branco já havia prestado serviço para ele, eles se conheciam, o Branco quis me ajudar”.

Irregularidades apresentadas como preenchimento das planilhas de atividades, horímetros duplicados: “Essas oitivas que foram feitas eu não tenho conhecimento porque eu não estou na ponta, o meu negócio está na gestão, eu não estou ponto que é la na execução, então cabe ao secretário justificar, o que nós fizemos com a sindicância, inclusive quando teve oitivas lá também”. 

Mudanças realizadas frente às irregularidades: Se precisar do maquinário hoje um dos resultados positivos dessa sindicância GPS, então não usasse mais maquinário se não tiver o GPS, a gente está tentando organizar todo o ponto que a gente vê que tem uma carência ou um defeito”.

Sobre a investigação ourímetro: “Se vier a denúncia do MP é o único momento que eu e as outras pessoas vamos ter a oportunidade de montar a nossa defesa para cada um poder se defender, não houve denúncia, ainda estamos como indiciados, tem toda uma tramitação, indiciamento, denunciado para depois lá na frente julgado, até que se prove ao contrário não tem culpados se o MP oferecer denúncia faz parte nós vamos responder eu consigo provar minha inocência”.

Durante a coletiva o prefeito, Robson afirmou que o ex secretário Farley nunca chegou a comentar sobre irregularidades na Secretaria, disse não ter conhecimento do que acontecia de irregularidades. “Eu prezo muito pela legalidade, eu tenho um nome a zelar, eu tenho filhos, em momento algum eu fiquei sabendo disso, eu sempre pergunto aos secretários como está lá? Tá tudo certo? Tudo tranquilo? Pergunto se está indo bem o serviço, até então eu não sabia de nada”, concluiu Magela.

Ouça a coletiva na íntegra: