Equipamentos foram instalados de forma experimental em Curitiba, em 2022, e contribuem para a aplicação de multas em veículos irregulares
Durante a reunião ordinária desta terça-feira (11), o vereador Rodrigo Eduardo da Silva, conhecido como Investigador Rodrigo, propôs a implantação de radares de ruído em Araxá. O tema foi abordado na indicação n° 64/2025 e integrou a lista de requerimentos apresentados pelo vereador durante seu pronunciamento na tribuna.
Os radares de ruído são dispositivos utilizados para medir o nível de som emitido por veículos em trânsito. Funcionam de maneira semelhante aos radares de velocidade, mas, em vez de capturar a velocidade do veículo, registram os níveis de decibéis produzidos pelo escapamento ou outras fontes de ruído excessivo.
Esses radares geralmente possuem um microfone de alta precisão, uma câmera e um software de análise sonora. Quando um veículo ultrapassa o limite de ruído permitido, o equipamento capta a emissão sonora, identifica o veículo por meio da placa e pode gerar uma infração.
Rodrigo destacou que esses equipamentos foram instalados de forma experimental em Curitiba (PR) no ano de 2022 e que, em 2025, a cidade de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, estuda a possibilidade de adotar os radares de ruído.
“Eu acredito que seria muito bom se conseguíssemos instalar esses equipamentos aqui na cidade, porque o barulho excessivo incomoda bastante. Isso também se relaciona com minha próxima indicação, que trata das bicicletas utilizadas por adolescentes, que fazem muito barulho e prejudicam a todos. Crianças autistas, por exemplo, sofrem bastante com esse tipo de situação”, argumentou o vereador.
Na sequência, Rodrigo apresentou a indicação n° 208/2025 para regulamentar a Resolução 996/2025 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). A proposta foi endereçada à Secretaria Municipal de Segurança Pública.
“A resolução trata das motocicletas elétricas, ciclomotores, bicicletas elétricas e veículos similares. O que temos observado aqui na cidade é que muitas dessas motos estão sendo utilizadas por crianças e adolescentes, inclusive para ir à escola. Já temos um alto índice de acidentes envolvendo motocicletas convencionais. Agora, com crianças pilotando esses veículos sem qualquer noção de trânsito, a situação se torna ainda mais perigosa. Além disso, vemos muitas crianças circulando sem capacete”, acrescentou.
A resolução também estabelece a obrigatoriedade do uso de capacetes e do emplacamento desses veículos. “Hoje, praticamente nenhuma dessas motos está emplacada na cidade. De acordo com a legislação, o prazo final para o emplacamento será entre novembro e dezembro de 2025. No entanto, a maioria desses veículos vem da China e sequer possui autorização para emplacamento, pois não têm número de chassi ou qualquer outro registro. Por isso, é fundamental reforçarmos a fiscalização sobre crianças e adolescentes que estão utilizando esse tipo de veículo”, concluiu o vereador.
