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Postado em: 29/06/2022 - 09:34 Última atualização: 30/06/2022 - 10:56
Por: Fernanda Marques – Portal Imbiara

Empresário que torturou dois homens em Araxá segue foragido

Um dos homens morreu e o outro ficou gravemente ferido

Galpão onde os homens foram torturados. Foto: Redes Sociais

O empresário que torturou dois homens na última segunda-feira (27) em Araxá segue foragido. Um dos homens, identificado como Dione Rodrigues de Jesus, não resistiu aos ferimentos e morreu.  O outro homem ficou gravemente ferido. O motivo do crime seria a possível suspeita de que os homens teriam furtado carregadores de baterias de veículos na empresa do empresário.

O delegado da Polícia Civil Vinícius Ramalho ressalta que foi um crime nunca visto na cidade de Araxá. “Eu nunca presenciei nos meus anos de polícia um crime tão brutal por motivo tão insignificante. Até o momento, não temos elemento nenhum que indique que os homens realmente furtaram esses materiais e vamos continuar com as investigações”, afirma.

“Na ocasião as vítimas foram levadas para um galpão da empresa de forma separada. Inicialmente, o primeiro homem foi levado, torturado com choques e agredido. Essa primeira vítima conseguiu escapar e se refugiar na Unidade de Pronto Atendimento (UPA). A segunda vítima foi levada posteriormente para o galpão, agredido e também torturado com choques, mas não resistiu e já chegou na UPA sem vida”, explica o delegado.

Os dois funcionários da empresa, de 31 e 27 anos, levaram o homem de 31 anos já sem vida para a UPA. Após investigações, as POlícias Militar e Civil conseguiram identificar os três homens e localizar os dois funcionários, que foram presos. O empresário dono da empresa até o momento não foi localizado.

O homem de 37 anos que foi torturado e sobreviveu havia prestado serviço para este empresário por pouco tempo. “A partir desse vinculo informal que tiveram é que nasceu a suspeita do empresário de que o homem poderia ser o autor que furtou o equipamento, mas até o momento, não temos nenhuma prova nesse sentido e isso não vai impactar na brutalidade e na gravidade desse crime cometido”, afirma o delegado Vinícius Ramalho.

Confira a entrevista com o delegado Vinícius Ramalho: