A investigação é realizada pela Polícia Civil e o chefe do 5.º Departamento de Polícia Civil, de Uberaba, Cézar Felipe Colombari, diz que o inquérito deve terminar em 90 dias
A investigação da Polícia Civil que está sendo feita na Secretaria de Agricultura de Araxá, divulgada na terça-feira (14), dia que ocorreu uma das operações de cumprimento de busca e apreensão, iniciou-se em setembro de 2022. Segundo o chefe do 5.º Departamento de Polícia Civil, de Uberaba, no Triângulo Mineiro, Cézar Felipe Colombari, relatou em entrevista exclusiva à Rádio Imbiara FM 91,5 nesta quarta-feira (15), são investigadas ações dos últimos dois anos.
“A Polícia Civil apura desvios que podem chegar na ordem nesses dois anos de pelo menos R$ 4 milhões e baliza o pedido de bloqueio de valores até esse valor, sendo um valor que pode servir no futuro para ressarcimento do erário, para devolver para a sociedade aquilo que a Justiça efetivamente entender que foi a lesão causada”, pontuou Colombari, sobre os mandados de sequestros de bens moveis e imóveis que ocorreram durante a operação.
“Dentre esses bens, a única coisa que eu posso detalhar é que os maquinários, que foram apontados como sendo instrumentos de crime, ou seja, utilizavam as máquinas de forma fraudulenta para obter essa vantagem indevida. Esses foram objetos. Mas os demais bens que foram apreendidos, sequestrados, aí faz parte da questão do sigilo inquérito e eu não posso te detalhar”, explicou Cézar Felipe.
Segundo o chefe do 5º Departamento da Polícia Civil, estruturou-se as unidade e com isso existem melhores condições de se apurar delitos de corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa, de forma ainda mais precisa e contundente. Com essa informação, o delegado informou que os trabalhos da Polícia Civil serão concluídos em 90 dias.
“O resultado vai ser apresentado para a sociedade e ele vai ser satisfatório, quer seja apontando 10, 15 pessoas, quer seja apontando uma, duas ou três. O importante é que a verdade real seja apresentada para a população”, destaca Colombari.
“Eu acho que é falta de competência instaurar um procedimento tão sério, envolvendo situações tão graves, e ficar postergando pelo tempo, focando naquilo ali e não dando uma resolução. A resolução tem que ser positiva ou negativa, com indiciamento ou não, mas ela tem que ocorrer num prazo razoável. E esse prazo razoável foi fixado pelo departamento para essa equipe num prazo de 90 dias”, concluiu.
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