bem brasil
bem brasil
top uai
top uai
Postado em: 13/06/2024 - 18:40 Última atualização: 14/06/2024 - 10:37
Por: Caio César - Portal Imbiara

Lideranças estaduais reivindicam em Araxá por melhores condições de trabalho em prol da Segurança Pública

Polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros e outros setores foram representados durante manifestação nesta quinta (13)

A manifestação ocorreu em frente ao Estádio Fausto Alvim. Foto: Caio César/Portal Imbiara

As forças de segurança pública do estado se reuniram em Araxá nesta quinta-feira (13) para uma manifestação que cobra melhores condições de trabalho do governo do governador Romeu Zema. O movimento ocorreu em frente ao Estádio Municipal Fausto Alvim, reunindo as principais lideranças ligadas à Segurança Pública, e contou também com uma passeata pelas ruas e avenidas de Araxá.


A presidente do Sindepominas, Maria de Lourdes Camile. Foto: Caio César/Portal Imbiara

Cartazes e caixões, que simbolizavam o suicídio de policiais militares e civis, fizeram parte da manifestação pacífica. De acordo com a presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de Minas Gerais (Sindepominas), Maria de Lourdes Camile, a manifestação se deve à falta de respeito que o governo atual demonstra com o setor. “Primeiramente, nos chama de corruptos, depois de castas, e não valoriza o trabalho dedicado, não supre as necessidades básicas para uma delegacia funcionar, o que precariza o bom atendimento ao cidadão. Ao nos atingir, o governador destrata e maltrata o usuário do serviço público”, comenta Camile.


O representante da Associação dos Oficiais da PMMG e CBMMG, Coronel Eduardo Felisberto. Foto: Caio César/Portal Imbiara

Quem também falou sobre a manifestação foi o representante da Associação dos Oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, Coronel Eduardo Felisberto. “O que nós pedimos ao nosso governador do Estado, que é um homem inteligente e sensato, é que ele converse e dialogue conosco. Diálogo não é imposição. Diálogo perpassa a negociação. O senhor acaba de nos conceder 4,2% referente à recomposição salarial do ano de 2023. E o ano de 2022? Não recebemos ainda. A casta de privilegiados está em outros poderes, como o Legislativo, o Judiciário e o Ministério Público, que já receberam as recomposições relativas a 2022 e 2023”.


O vice-presidente do Sindippen, Vladimir Dantas. Foto: Caio César/Portal Imbiara

Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Policiais Penais de Minas Gerais (Sindippen), Vladimir Dantas, o atual mandato do governo Zema é falho quando se trata de temas relacionados às forças de segurança. “Ele não se reúne com as forças de segurança, não dialoga em momento algum. Está no seu segundo pleito e, até hoje, não sentou com as forças de segurança. Senta com grandes grupos de empresários. O cidadão comum usa o serviço público de saúde, educação e segurança, mas está tudo deficitário. Ele não paga nem as perdas inflacionárias que são devidas e foram promessa de campanha dele”, destaca Dantas.


O presidente do Sindipol, Wemerson Oliveira (quarto da direita para a esquerda), ao lado de parte de grupo participante da maniefestação. Foto: Caio César/Portal Imbiara

De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindipol), Wemerson Oliveira, faltam investimentos do governo Zema nas forças de segurança. “Estamos em situação precária. Um investigador e um escrivão de polícia ganham menos de R$ 4 mil líquidos por mês e correm risco de vida. Precisamos tirar dinheiro do próprio bolso, fazer vaquinhas para comprar material para a delegacia, consertar computadores, impressoras e viaturas, comprar água potável, papel para imprimir boletins de ocorrência e consertar a estrutura da delegacia. Isso é um absurdo. Os policiais estão literalmente adoecendo e, infelizmente, suicidando-se. Só no ano passado, tivemos nove suicídios de policiais civis no estado de Minas Gerais”.


O presidente do Sindep, Marcelo Horta. Foto: Caio César/Portal Imbiara

Para o presidente do Sindicato dos Escrivãos de Polícia do Estado de Minas Gerais (Sindep), Marcelo Horta, a manifestação representa que os órgãos de segurança esgotaram todas as tentativas de diálogo com o governo mineiro. “Como Romeu Zema não quer conversar com as forças de segurança, decidimos que a melhor estratégia é acompanhar o governador. Onde ele for, iremos até ele e diremos que estamos insatisfeitos com a forma como ele trata a segurança pública de Minas Gerais. Não é somente mostrar a força que temos, mas chamar a população para esse importante problema. O governador Zema está destruindo a segurança pública do estado. Os índices de criminalidade estão subindo”, enfatiza Horta.


O diretor do CSCS, sargento Erenilton Gomes (o primeiro da direita para a esquerda). Foto: Caio César/Portal Imbiara

O diretor do Centro Social de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CSCS), Erenilton Gomes acredita que a manifestação é importante para chamar a atenção do governador Romeu Zema aos problemas enfrentados pela segurança pública. “Viemos a Araxá para uma manifestação pacífica e ordeira, com respeito a todo o pessoal de Araxá. Gostaríamos de pontuar para eles que o governador Zema não tem palavra com a segurança pública”, finaliza o sargento.

A manifestação recebeu o apoio da Polícia Militar e do Serviço de Trânsito e Transporte (Settrans), da Secretaria de Segurança Pública, que garantiu a realização do movimento pacífico durante toda a tarde desta quinta-feira (13).

A reportagem do Portal Imbiara flagrou os dizeres expostos por manifestantes demonstrando insatisfação dos órgãos de segurança com o governo Zema. Fotos: Caio César/Portal Imbiara