As investigações resultaram 30 mandados de busca e apreensão; a operação Terceiro Tempo esteve também em Araxá
Desde as primeiras horas de quinta-feira (12), a Polícia Federal esteve em movimentação por conta da Operação Terceiro Tempo deflagrada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco/MG). Além de Uberaba, no Triângulo Mineiro, a cidade de Araxá, no Alto Paranaíba, e a região de Naviraí (MS) também foram atingidos com os 18 mandados de prisão e 30 mandados de busca e apreensão. Em Araxá, não teve ninguém preso porque foi cumprido o mandado de busca no loteamento Pep 12. Durante entrevista coletiva, o delegado da Polícia Federal, Geraldo Magela Mendes, explicou sobre como o grupo criminoso atuava por essas localidades, sendo que, inclusive, tinha um Núcleo de Lavagem de Dinheiro.
“O grupo criminoso se estruturava em vários núcleos, o Núcleo das Lideranças, o Apoio às Lideranças, o grupo de transportadores, o grupo de revendedores de droga no varejo, bem como o Núcleo de Lavagem de Dinheiro. As pessoas foram identificadas ao longo da investigação através das técnicas ordinárias e extraordinárias de investigação e foram alvos dessas medidas cautelares deflagradas”, destaca o delegado da PF.
De acordo com Mendes, as investigações constataram pessoas interpostas denominadas como laranjas conscientes ou inconscientes que compunha grupo criminoso. “Eram eles que forneciam os seus dados bancários para a realização de transações bancárias, depósito, transferências via PIX também para poder pulverizar e ramificar os valores provenientes do tráfico de drogas”, acrescenta o delegado que, perguntado sobre o quanto seria esses recursos financeiros, afirmou. “Essa análise será feita ainda através das quebras devidas e está em fase de apuração”.
Conforme informado também pela Polícia Federal, foram presos dois flagrantes por tráfico de drogas e um flagrante por receptação, além de um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por tentativa de fraude processual e dois veículos apreendidos, em Uberaba.
A FICCO/MG é coordenada pela Polícia Federal, com apoio das polícias Civil, Militar e Penal, e trabalha em cooperação com órgãos de segurança de Minas Gerais no combate ao crime organizado. “As investigações vão continuar. Os materiais apreendidos serão novamente analisados e, eventualmente, poderemos chegar aos autores, a outros crimes e isso a gente vai analisar com tempo”, reitera o delegado da Polícia Federal, de Uberaba, Geraldo Magela Mendes.
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