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Postado em: 09/06/2025 - 16:26 Última atualização: 10/06/2025 - 11:28
Por: Manoelita Chagas/Caio César - Portal Imbiara

Cão ataca animal de rua, tutor nega atendimento e é preso em Araxá

PM de Meio Ambiente conduziu ocorrência no bairro Urciano Lemos; cãozinho ferido precisou de atendimento emergencial

Tutor pode responder por omissão de socorro e maus-tratos a animais. Foto: Polícia Militar de Meio Ambiente

Um caso de maus-tratos contra animais mobilizou a Polícia Militar de Meio Ambiente na manhã desta segunda-feira (9), no bairro Urciano Lemos. Um cão da raça Boxer, de grande porte, escapou da residência onde vive e atacou violentamente um cão de rua, da raça Pinscher, que passava pela calçada. Segundo testemunhas, o Boxer arrastou o animal menor para dentro do quintal, carregando-o na boca.

A guarnição, acionada por moradores da região, compareceu ao local e conversou com o tutor do cão agressor. O sargento Marco Túlio, que atendeu à ocorrência, relatou que o tutor confirmou o ataque, mas se negou a arcar com os cuidados veterinários do cão ferido. “Ele alegou que o animal era de rua e que, por isso, não era responsabilidade dele prestar socorro”, disse o policial.

Tutor do cão da raça Boxer foi preso após negar atendimento a cachorro atacado. Foto: Polícia Militar de Meio Ambiente

Diante da recusa, a equipe levou o cãozinho até o Canil Municipal de Araxá, onde recebeu os primeiros atendimentos de uma médica veterinária. Como o local não dispunha de aparelho de raio-x, o animal foi encaminhado a uma clínica veterinária particular, onde permanece internado para exames mais detalhados. O cão apresentava ferimentos visíveis no tronco e um hematoma do lado esquerdo do corpo. Ainda não há confirmação sobre possíveis lesões internas.

O tutor do Boxer foi preso em flagrante e levado à Delegacia de Polícia Civil. Ele pode responder por omissão de socorro e maus-tratos a animais, crime que pode levar a uma pena de até cinco anos de prisão. Além disso, está sujeito a uma multa que pode chegar a R$ 1.600,00, valor calculado com base na UFEMG (Unidade Fiscal do Estado de Minas Gerais).

Sargento Marco Túlio, da Polícia Militar de Meio Ambiente de Araxá. Foto: Caio César

O sargento Marco Túlio reforçou que, em casos como esse, é essencial que os tutores assumam a responsabilidade por seus animais. “Prestando socorro imediato, a situação pode ser amenizada. Mas nesse caso, a recusa agravou tudo”, disse. Ele ainda alertou sobre a importância do uso de focinheira em cães de grande porte, principalmente de raças com maior histórico de ataques, como Pitbull, Fila e Rottweiler. “O Boxer é, geralmente, um cão dócil, mas tudo depende do temperamento do animal e do cuidado do tutor.”

A Polícia Militar de Meio Ambiente reforça que casos de agressão entre animais devem ser comunicados imediatamente, e que o bem-estar de todos os bichos — com ou sem lar — deve ser prioridade para toda a comunidade.