Os dados foram apresentados pela Polícia Militar no Fórum realizado na Câmara Municipal de Araxá
Dados oficiais da Polícia Militar revelam que até esta data, 586 mulheres foram agredidas em Araxá em 2019. O levantamento levou em conta os diversos tipos de agressão como física, moral, psicológica, sexual e/ou patrimonial. O número foi revelado durante um Fórum Comunitário para discutir o tema “Violência contra a Mulher” no âmbito municipal e buscar alternativas para a melhoria do problema, realizado Câmara Municipal de Araxá nessa quarta-feira (30).
O evento foi solicitado pelo vereador Pastor Claudenir Dias (PP) e dirigido pelo secretário da Mesa Diretora da Casa da Cidadania, Vereador Hudson Fiuza (PSL).
Ainda segundo os dados apresentados, a maioria das agressões ocorreu em mulheres entre a faixa etária de 35 a 64 anos, com um total de 237 ocorrências, seguido da faixa etária de 18 a 24 anos, com 130 registros.
Esses números apresentados, que equivalem até o mês de Outubro, revelam uma queda em comparação com anos anteriores, onde em 2017 foram registrados 891 casos de agressão, contra 839 no ano passado.
O maior número de registros deste ano ocorreu nos domingos, com 115 casos, seguido dos sábados, com 101 registros.
A Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher é qualquer ação ou omissão baseada no gênero, que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual, psicológico ou dano moral. Esta violência pode ser praticada de forma física, moral, psicológica, sexual e/ou patrimonial.
Participantes do Fórum Comunitário que discutiu o tema “Violência contra a Mulher”. Foto: Márcio Rosa
O serviço Patrulha de Prevenção à Violência Doméstica (PPVD) foi criado pela Polícia Militar de Minas Gerais em 2010 e tem como missão desestimular ações criminosas no ambiente domiciliar e familiar, para proteção da mulher vítima de violência.
Segundo a soldado Nayara, da Polícia Militar, é uma patrulha que acompanha as mulheres que fizeram denúncias de agressão. “A patrulha vai até a casa da vitima depois que foi realizado o registro com intuito de saber qual tipo de atendimento á vitima necessita, seja psicológico ou de orientação sobre as medidas que possam ser tomadas, se tem alguma criança, se ela esta em segurança e também fazer cumprir as determinações judiciais definidas, em forma de proteção a vítima de agressão, e encaminhando para atendimentos sociais também.”
O cabo André, também da PMMG, alerta sobre da importância da denúncia nesses casos de agressão. “É importante que para os atendimentos legais, a vítima ou alguém que saiba dessa violência possa realizar a denúncia, que pode ser anônima através de 181 ou 190, que pode ser feita não só pela vitima, mas também por familiares ou vizinhos.”
Apresentação de dança da Cia. Kerigma, da Assembleia de Deus Madureira Setor Sul. Ascom / Câmara Municipal
Além dos parlamentares, a Mesa do Fórum Comunitário foi formada por representantes da Administração Municipal, Polícia Militar e Grupos de Apoio às mulheres que sofrem algum tipo de violência. Na abertura do encontro, os presentes no Plenário Vereador Guilherme Gotelip Neto puderam assistir a uma apresentação de dança da Cia. Kerigma, da Assembleia de Deus Madureira Setor Sul.
Confira os dados da violência apresentados pela Polícia Militar: