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Postado em: 06/05/2022 - 17:03 Última atualização: 09/05/2022 - 07:42
Por: Natália Fernandes - Portal Imbiara

Juiz dissolve conselho de sentença e julgamento do caso Tulio Maneira é cancelado em Araxá

Em 2014, a Justiça decidiu pela absolvição do acusado de ter cometido o crime em 2012; após recorrer junto ao Ministério Público, a família da vítima aguarda novo julgamento

Nova data para o julgamento foi agendada para junho deste ano. Foto: Fórum Tito Fulgencio

O julgamento do acusado ter matado o radialista e assessor político Túlio Maneira em fevereiro de 2012, em Araxá, estava previsto para ocorrer no ínicio desta sexta-feira (6). Pórem, o juiz da vara criminal Renato Zupo teve que dissolver o conselho de sentença e cancelar o julgamento remarcando para outra data.  

De acordo com a apuração feita pela Policia Civil na época, Túlio Maneira foi assassinado com cinco tiros ao chegar em casa no dia 25 de fevereiro de 2012, por volta das 23h, após guardar o carro na garagem.  A vítima morava com a mãe e foi encontrado por um dos irmãos.

Denilson Fagundes Bento é acusado de ter planejado o crime dois anos antes de executá-lo, tendo como motivação ciúmes da irmã, com quem a vítima mantinha um relacionamento.
No primeiro julgamento em 2014, o réu foi absolvido, porém, em 2015, a Justiça revogou a decisão após apelo do Ministério Público (MP), que alegou contradição nas respostas dos jurados.

Em inquérito, a polícia acredita que o acusado tenha agido sozinho. A confirmação de alguns detalhes do homicídio veio por meio de um companheiro de cela do suspeito e de ligações rastreadas  do celular da vítima no período antecedente ao crime. Denilson foi indiciado pela Polícia Civil pelo crime de homicídio.

Em entrevista ao Portal Imbiara na manhã desta sexta-feira (6), o juiz criminal Renato Zupo falou sobre o motivo do cancelamento do julgamento.

“O acusado foi submetido ao júri popular pela segunda vez e após a advertência dos jurados e formado o conselho de sentença, um dos jurados, por conviver com a família da vitima, não se sentiu imparcial para prosseguir julgando e assim se manifestou no plenário e por isso foi invalidado o julgamento”, explica o juiz.  

Juiz da vara criminal Renato Zupo em entrevista ao Grupo Imbiara de Comunicação

Com o cancelamento, uma nova data foi agendada para dar andamento ao processo e ao julgamento.

“O processo já tarda oito anos devido aos recursos de ambas as partes, e foi marcada para dia 10 de junho para a realização do julgamento”, finaliza o juiz.