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Postado em: 29/06/2022 - 17:37 Última atualização: 30/06/2022 - 10:41
Por: Bruna Isabella Silva – Portal Imbiara

Movimento LGBTQIA+ sente necessidade de políticas públicas

A falta de políticas públicas para a população LGBT é um dos desafios para acabar, ou ao menos diminuir, o preconceito

A Bandeira Arco-Íris, também conhecida como Bandeira do Orgulho Gay, é um símbolo da Comunidade Gay e do Movimento LGBT. Foto: Agência Brasil

A jornalista Regina Porfirio convidou nesta quarta-feira (29) a professora, vereadora de Araxá e especialista na área da diversidade Leni Nobre (PT) e o João Henrique, psicólogo, para uma entrevista sobre o movimento LGBTQIA+ no programa Imbiara Notícias, na Rádio Imbiara 91,5 FM. Foram abordados o preconceito, e as políticas públicas que ainda precisam ser aplicadas.

Regina Porfírio iniciou a entrevista falando sobre a importância do diálogo da causa LGBTQIA+ “É um assunto necessário. As pessoas tem medo de abordar esse assunto em público, é uma coisa absurda. O assunto é importante porque o mundo está mudand. Há uns anos  seria impossível eu trazer você aqui para falar desse assunto e você ainda colocar a bandeira do LGBTQIA+ em cima da mesa”, pontuou Regina Porfírio.

Leni Nobre e João Henrique falaram sobre a escola ser um dos principais espaços de formação de crianças, jovens e adolescentes, na maior parte das vezes servindo como seu primeiro meio de socialização. A escola é em parte responsável pela formação ética dos jovens e que muitas vezes a escola peca na forma de introduzir temas como a diversidade em sala de aula.

" A aula que que a escola dá é de reprodução sexual. Começa com os animais, depois parte para os humanos. Então, a escola trata de uma pressão sexual heteronormativa e reprodutiva e a relação do corpo de uma pessoa com o corpo da outra pessoa não é apenas para reprodução, é para o deleite, para o prazer, para a completude humana”, esclareceu Leni Nobre. 

“A gente vive em uma sociedade que somos construídos para ser racistas, lgbtfóbico, ter preconceito com corpos e um monte de outros preconceitos. Quando falamos que é possível fazer mudanças, elas precisam acontecer nas três esferas Legislativo, Executivo e Judiciário. O Brasil é um dos poucos países no mundo que a gente vê uma inversão de papéis. Nós não temos propostas aprovadas que garantam direitos à população LGBT”, acrescentou João Henrique.

Existem ações que podem partir do poder Executivo municipal que possibilitam a atenuação dessas vulnerabilidades. Tais ações podem se tornar políticas sociais se constituírem em ações temporárias ou permanentes relacionadas ao desenvolvimento, promoção do bem-estar da sociedade, assegurando o direito de cidadania a determinado grupo.

“Temos a necessidade da implantação do plano estadual da saúde LGBT no município que está aprovado desde o ano retrasado. Uma necessidade de pensar em empregabilidade para pessoas trans, pensar a discussão de pautas em diversidade e gênero dentro das escolas, pensar a saúde mental da população LGBT. Essas ações podem ser articuladas através de uma coordenadoria pública para pessoas LGBT”, concluiu o psicólogo, quando questionado sobre as políticas que podem e precisam ser implantadas em Araxá.

Assista à entrevista completa: