É importante que as pessoas busquem economizar dentro de casa, façam um planejamento, compartilhem com a família, criem orçamentos e metas
A cada dez brasileiros, apenas quatro teriam condições de lidar com uma despesa inesperada, sem ter que recorrer a empréstimos ou ajuda financeira de amigos e parentes. Uma pesquisa realizada pelo SPC Brasil, em parceria com a Confederação Nacional dos dirigentes Lojistas e o Banco Central, constatou que 42% dos brasileiros conseguiriam arcar com imprevistos financeiros equivalentes ao valor do salário mensal.
O Consultor de Negócios, Silvio Gonçalves, esteve nesta segunda-feira (22) no programa Imbiara Notícias da Rádio Imbiara e afirmou que a Confederação Nacional do Comércio divulgou, há dois meses, que 60% das famílias brasileiras estão endividadas. “A essência realmente está na falta de educação financeira. De conhecer mais a forma de prever gastos, entender que se tenho um ganho mensal, tenho que enquadrar a minha despesa dentro daquele patamar", disse o consultor.
Para as pessoas que tem renda mais baixa o ideal é fazer uma poupança. “Por ser mais prático, é mais fácil fazer uma movimentação do seu recurso, não tem pagamento de imposto de renda. Ela dá um ganho abaixo da taxa Selic, porém no ano passado ela ficou acima e ainda está acima da inflação", informou Silvio Gonçalves.
Se uma pessoa tiver mais recursos é importante aplicá-los. A melhor forma é não gastar o dinheiro, evitar a compra por impulso, evitar compra comparativa. “Ficar atento ao orçamento, colocar na ponta do lápis todas as despesas, definir prioridades, é necessário que eu tenha esse gasto e quanto tempo vai ser. É necessário investir nas condições de vida que traga retorno no decorrer da sua vida", alertou Gonçalves.
Aline Silva, graduada em administração, disse que a reserva de dinheiro é importante para uma urgência, como por exemplo, doenças, problemas no carro, viagem inesperada ou até mesmo um desemprego. “Com a reserva de dinheiro para uma urgência, não vai haver necessidade de recorrermos a empréstimos, cheque especial. O que evitará transtornos financeiros e preocupações com contas", explicou.
As duas dicas principais são o controle e o planejamento. “Os especialistas pedem que guardem 10% sobre os ganhos, mas eu vejo que depende da realidade de cada pessoa. Acredito também que depois de um certo tempo de planejamento, a pessoa consiga até guardar mais", afirmou Aline.
Para as pessoas que tem compulsão em comprar, a dica é anotar tudo e, antes de gastar, ver se realmente precisa daquele item.“Sempre consumir apenas o necessário. Para as pessoas que tem compulsão e não conseguem controlar os gastos, precisam buscar a ajuda de um profissional, um psicólogo. E o principal é não nos tornarmos escravos do dinheiro. Temos que fazer tudo de forma natural, sem sofrer e dentro da realidade de cada um e de cada família", finalizou Aline Silva.