A exposição conta com 76 bancos de 34 etnias indígenas do Brasil
A Exposição Bancos Indígenas possui 76 bancos de 34 etnias indígenas, como Karajá, Saterê-Mawê, Tukano, Xipaya, Waiwai, Tapirapé, Yudjá, Tiryó, entre outras. A mostra está localizada no Teatro Municipal de Araxá e ficará na cidade até o dia 13 março de 2023.
Os curadores da exposição Marisa Moreira Salles e Tomas Alvim começaram a adquirir os bancos há cerca de 20 anos atrás. A partir daí, montaram um acervo que percorre o Brasil e o mundo.
Em entrevista exclusiva ao Portal Imbiara, Tomas Alvim falou um pouco mais sobre exposição e qual a sua importância para disseminação da cultura e arte.
Tomas Alvim é curador da exposição Bancos Indígenas
“Os bancos indígenas são um recorte da complexidade de cultura e arte indígena. Embora seja um artefato do uso cotidiano, ele é um objeto de uso cerimonial, ritualístico e outros diversos contextos do banco. Ver esse banco como apresentação da cultura indígena é um primeiro passo para uma imersão mais profunda em toda essa diversidade complexa que os povos têm”, explica Alvim.
Bancos indígenas no hall do Teatro Municipal Maximiliano Ramos, em Araxá
O curador também fala sobre os significados mais específicos dos bancos em relação às comunidades indígenas. “O significado das formas e estilos está ligada aos elementos que cada cultura indígena compõe a sua volta. Os bancos em si se dividem em duas categorias, bancos zoomórficos, aqueles que representam bichos, os animais que predominam onde esses povos moram. Ou então os geométricos em vários formatos. Eles também carregam seus grafismos e seus formatos específicos que podem ser feitos dos bancos, né, na diversidade etnográfica que nós temos nesta coleção”, completa Alvim.
Curador Tomas Alvim e artista indígena Turuza Waurá
A exposição Bancos Indígenas está disponível no hall do Teatro Municipal Maximiliano Rocha. Entrada gratuita.
