1° Encontro de Congado de Araxá e Região acontece entre os dias 1° e 4 de dezembro
A Associação Capela Mártir Filomena realiza o 1° Encontro de Congado de Araxá e Região a partir desta quinta-feira (1°). A festa será até domingo (4) na área de entretenimento que fica no anexo da Capela Mártir Filomena, na avenida Honório de Paiva Abreu, uma via de acesso para os bairros Solaris, Bela Vista e Jardim Europa, além dos residenciais Monte Verde e Bocaina. A festa valoriza a congada, também conhecida como congado ou congo e considerada uma manifestação cultural e religiosa, que faz parte do folclore brasileiro
O encontro já tem confirmado apresentações de ternos do congado (grupos) do estado de Goiás, além de municípios como Uberlândia e Ituiutaba, do Triângulo Mineiro, e Serra do Salitre, do Alto Paranaíba. A estimativa é de mais de seis mil pessoas que incluem os componentes dos ternos de congada (grupos) e o público do encontro realizado pela associação com o apoio da Associação de Congadeiros de Araxá e Prefeitura de Araxá.
O presidente da Associação Capela Mártir Filomena, João Paulo Ferreira, afirma que a previsão é de 30 ternos de congada se apresentando no domingo (4), último dia da festa com procissão, missa conga, coroação e benção final. “Às 7h é servido o café da manhã gratuito à população e às 11h tem almoço também de graça. Na quinta-feira (1°), às 18h, tem apresentações de ternos de congada e moçambique. Temos o terço, logo após a quermesse, leilão e show com a banda 100% Caipira. No dia 2 (sexta-feira), segue a programação com palestra do cantor Maurício Tizumba, um grande representante da cultura negra, quermesse, leilão e música à noite”, destaca João Ferreira.
No sábado (3), a programação do 1° Encontro de Congado de Araxá e Região começa às 13h, com roda de capoeira e oficinas. Às 18h, tem levantamento dos mastros, momento em que significa o início da festa do congado, além de quermesse, leilão e show musical.
João Paulo Ferreira, presidente da Associação Capela Mártir Filomena. Foto: Natália Fernandes/Portal Imbiara
A santa dos negros
João Paulo diz que a festa traz um momento de reflexão de lamento do passado que marcou a cultura negra durante o período da escravidão. “Foi quando os negros festejaram a sua libertação. Os negros encontraram nossa Senhora do Rosário em uma grota e o senhor contratou uma banda para levar a santa para a igreja. Isso porque os negros não podiam entrar na igreja”, conta o presidente da Associação Capela Mártir Filomena.
Segundo João Paulo, os negros viraram para o senhor e pediram para levar a santa que se tornou uma autêntica representante da raça negra. “Os negros, com aquelas latinhas amarradas nas pernas e chamadas de gungas, subiram a ladeira levando a Nossa Senhora do Rosário até a capela, assim podendo entrar na igreja. Por isso, que a Nossa Senhora do Rosário é considerada a santa dos pretos”, relata João Paulo.
Programação
Programação do evento. Foto: Divulgação
