Em 2018 foram contabilizados 19 casos de suicídios na região do Triangulo Mineiro e oito casos de suicídios em Araxá; Neste ano foram contabilizados 21 casos na região e seis casos em Araxá
Imagem Ilustrativa / Pxhere
Os números de suicídio no Brasil são preocupantes. De 2007 a 2016, 106.374 pessoas morreram em decorrência do suicídio — em 2016, a taxa foi de 5,8 por 100 mil habitantes. De acordo com o Ministério da Saúde, a morte por intoxicação é responsável por 18% das mortes, enquanto o enforcamento apresenta um índice de 60% dos óbitos. Do total de ocorrências, 70% das tentativas de suicídio por intoxicação aconteceram com mulheres. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu a meta de reduzir em 10% os casos de mortes por suicídio até 2020.
O investigador da Polícia Civil e auxiliar de necrópsia do IML de Araxá, Hudson Fiuza, disse em entrevista à Rádio Imbiara 91,5 FM que a maioria dos casos de suicídios a pessoa pode ter envolvimento com drogas. A solidão também é uma das causas. Em muitos dos casos, as vítimas são os jovens. "Em 2018 tiveram 19 casos de suicídios na nossa região. Somente em Araxá foram oito casos de suicídios. Neste ano de 2019 já estamos com 21 casos na região toda e em Araxá seis casos de suicídio.”
Psicólogo Thiago Melo e Investigador da Polícia Civil e auxiliar de necrópsia do IML de Araxá, Hudson Fiuza. Foto: Rogério Farah / Rádio Imbiara
O psicólogo Thiago Melo ressaltou que a depressão virou uma epidemia e tende a se agravar na medida que passa o tempo e na medida também em que as pessoas são diagnosticadas. “O suicídio é o agravamento de uma doença mental, em decorrência de um processo depressivo, entre outros fatores. É importante a gente comentar que o jovem é muito impulsivo, está em fase de transição entre a infância e a vida adulta. Já na terceira idade o indivíduo começa perder as esperanças em relação à vida, o organismo também acaba se deprimindo por várias situações e as drogas potencializam os processo. Isso é um fator relacionado à depressão e ao suicídio.”
Thiago Melo reforçou também a importância dos familiares e amigos observarem os sinais das pessoas ao seu redor. Principalmente se a pessoa falar de suicídio, não sentir mais vontade de viver, pois as mudanças de comportamentos e hábitos não devem ser ignoradas. “Existe uma diferença entre depressão e tristeza. A tristeza ocorre por algum fato na nossa vida, que é natural do ser humano. Mas a depressão já é um adoecimento e traz situações delicadas em relação ao humor. Por isso é fundamental buscar um tratamento adequado, pois ninguém que está bem fala que vai dar fim a própria vida.”