bem brasil
bem brasil
Postado em: 28/08/2020 - 17:04 Última atualização: 29/08/2020 - 09:29
Por: Márcio Rosa - Portal Imbiara

Após reforma, Museu Dona Beja é reinaugurado em Araxá

Prédio que esteve fechado por seis anos terá visitações de segunda a sexta-feira

Reinauguração do Museu Dona Beja em Araxá. Foto: Portal Imbiara

O Museu Dona Beja foi reinaugurado na noite desta quinta-feira (28) em Araxá, depois de seis anos fechado. O casarão centenário, instalado na avenida Antônio Carlos, no centro, foi equipado com elevador, rampas, banheiros acessíveis e um deck na parte frontal. Além disso, houve troca e revisão de todo o madeiramento e telhado.

A reforma, que teve duração de um ano e apoio de R$ 1,9 milhão da CBMM, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, tornou o espaço mais moderno e equipado. A companhia foi parceira da Prefeitura Municipal de Araxá no projeto.

A visitação ao Museu acontece de segunda a sexta-feira, entre 8h e 18h. Em razão do cenário de pandemia por causa do novo coronavírus, só serão permitidos grupos de no máximo três pessoas.

Parte externa do Museu. Foto: Portal Imbiara

 

História:

Em 4 de setembro de 1965, o “Museu Regional Dona Beja” foi inaugurado pelo jornalista Assis Chateaubriand, o primeiro do país de uma série de museus regionais criados por ele. Tornou-se um “presente para a cidade”, pois era o ano do centenário da emancipação política de Araxá. A revista “O Cruzeiro” e o jornal “O Estado de Minas” cobriram o evento. A razão social do Museu era Associação Artística e Cultural do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, daí a justificativa do termo “Regional” de sua denominação inicial.

O Museu teve como primeira presidenta, a carioca e amiga de Chateaubriand, Yolanda Penteado, e a araxaense Silvéria Aguiar, como presidenta de honra. A aquisição do imóvel só foi possível graças ao grande empenho do jornalista. A verba foi liberada pelo Banco do Brasil, através do diretor Sebastião Paes de Almeida, natural da cidade mineira de Estrela do Sul, onde Anna Jacintha de São José (Dona Beja) passou seus últimos anos de vida. O diretor atendeu prontamente ao pedido de Chateaubriand. A escolha do nome foi inspirada no mito “Dona Beja”, pois ambos concordavam que o mito já alcançava expressão em Araxá e região.

23 de maio de 1986. Através da Lei Municipal 2.041, o nome do Museu é alterado para “Museu Municipal Dona Beja”.
As equipes de técnicos da Secretaria Estadual de Cultura, através do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHA) e da Superintendência de Museus foram responsáveis pela restauração do imóvel e do primeiro projeto museológico e museográfico realizados entre 1985 e 1987. Diante da inexistência de acervo pertencente à Dona Beja, optaram por fazer dele um Museu da história de Araxá, em cujo contexto se incluiu a figura de Dona Beja.

18 de outubro de 1990 - através do Decreto Municipal Nº 1.012, o Estatuto da Fundação Cultural Calmon Barreto foi totalmente alterado e, desde então, o Museu passa a ser administrado pela FCCB; pois anteriormente era gerido pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura.

28 de dezembro de 1990 - o prédio que abriga o Museu e o acervo foram tombados pela Lei Municipal N.º 2.410, com o intuito de preservar a memória histórica do município e também por ser um dos pontos turísticos de grande visitação.

27 de fevereiro de 1998 - Através da Lei Municipal Nº 3.356, o Museu passa a ser denominado “Museu Histórico de Araxá – Dona Beja”. Em 6 de março do mesmo ano, o imóvel foi reestruturado, após convênio entre a Prefeitura Municipal de Araxá e o Ministério da Cultura. Foram executados reparos no telhado, na instalação elétrica e remodelação do pátio interno.

Julho de 1999 - Concluídas as obras de restauração das telas do acervo do Museu, mediante o projeto “SOS Pinacoteca”. O projeto foi encaminhado ao Ministério da Cultura através da FCCB. A empresa executora foi “Oficina de Arte Aplicada”, com recursos da empresa CBMM.

2017 - O imóvel, que permanece fechado, foi, finalmente, adquirido pelo município após acordo entre o S/A Estado de Minas (Jornal) e a Prefeitura Municipal de Araxá. Em setembro, graças ao apoio da CBMM - Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração, a Fundação Cultural Calmon Barreto adquiriu mobiliário no estilo imperial pertencentes à araxaense Silvéria Aguiar, primeira presidenta de honra do referido Museu.  Este acervo fará parte da proposta Museológica e Museográfica do novo projeto de restauração que se encontra em fase final de elaboração, e posteriormente será encaminhado ao Ministério da Cultura, via Lei Rouanet, através de patrocínio da empresa CBMM.

Confira fotos do Museu: