A prática da Equoterapia objetiva benefícios físicos, psíquicos, educacionais e sociais
O programa Papo com a Nat, da Rádio Imbira Fm (91,5) desta sexta-feira (4), recebeu a representante da Associação Equoterapia Prosseguir de Araxá, Rossina Mara da Costa, fisioterapeuta e coordenadora da equipe técnica da instituição.
A Equoterapia Prosseguir trabalha com um método terapêutico que utiliza o cavalo como facilitador terapêutico para o desenvolvimento da força muscular, da coordenação motora, além de proporcionar ganhos educacionais, sociais e psicológicos.
“Em 2019, foi sancionada a lei que regularizou a Equoterapia como método de reabilitação baseado em evidências e estudos científicos. Primeiro o passo do cavalo é o terapêutico porque ele emite um movimento tridimensional que se assemelha ao andar do ser humano e são mais de mil reajustes tônicos por minutos fazendo o ser humano se adaptar com esses movimentos. Mas também tem as questões psicológicas e educacionais, não somente para crianças e adolescentes, mas também para adultos e idosos. A superação do limite eleva a alto estima e a confiança”, explica Rossina da Costa.
Atualmente, a associação tem os atendimentos financiados pelo Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente que garantiu atendimento para 100 crianças e adolescentes de Araxá entre 2021 e 2022.
Rossina Mara da Costa é coordenadora da equipe multiprofissional que atua na associação
A Comitiva 100% Rural é um grupo de amigos que realizam diversos eventos para custear a manutenção das atividades da Equoterapia e também conta com a parceria da Prefeitura de Araxá, por meio de convênio que autoriza a cessão de profissionais para o atendimento.
A fisioterapeuta comentou sobre as crianças e adolescentes que são atendidos com a prioridade no atendimento de reabilitação. “A gente recebe um encaminhamento do médico responsável pela criança e o adolescente sobre o problema que a criança enfrenta. Hoje a maioria das crianças são com Transtorno do Espectro Autista (TEA), com paralisia cerebral, síndrome de down, Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDH) e todas as questões que tem um diagnóstico como depressão, crise de ansiedade. Esse diagnóstico é importante porque a Equoterapia é um tratamento e não uma diversão”, esclarece.
Uma preocupação constante de toda a equipe é a segurança física do praticante, tendo em vista principalmente o comportamento e atitudes habituais do cavalo e as circunstâncias que podem vir a modificá-los, como alguma ação ao redor que retire sua atenção do processo.
“Nós olhamos a idade, a saúde e principalmente a índole do cavalo, se ele tem uma receptividade boa com o ser humano e a aceitação com o material... algumas características são levas em consideração para garantir a boa atuação do animal”, finaliza Rossina Mara da Costa.
