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Postado em: 28/08/2023 - 17:52 Última atualização: 28/08/2023
Por: Bruna Isabella Silva / Portal Imbiara

Servidores da segurança de Minas Gerais cobram recomposição salarial, mas encontram resistência do Governo

Desde 2015 o reajuste não é concedido da maneira correta, lideranças sindicais farão concentração nesta terça (29) na Assembleia

Movimentação realizada em Belo Horizonte pela classe de segurança pública, nova movimentação acontece nesta terça (29) Foto: sindepominas.com.br

Servidores da área de segurança pública do Estado de Minas Gerais, cobram o governo de Minas pela recomposição salarial que não é concedida corretamente desde 2015 para todas as instituições de forças de segurança, a falta de planejamento do Governo do Estado para conceder a recomposição de perdas inflacionárias da categoria é a principal indignação apresentada pelo diretor do Sindicato dos Delegados de Polícia de Minas (SINDEPOMINAS), o delegado Renato de Alcino, em entrevista.

“Nós temos no histórico que desde 2015 não tem recomposição realizada de maneira correta no caso da segurança pública, temos algumas questões que a torna de maneira particular, vamos dizer assim preterida, nós tivemos promessas em 2019, inclusive com projetos de lei tramitando na assembleia que com essa composição ela aconteceria para a segurança pública isso foi ajustado em 2019 e essas recomposições não aconteceram, são recomposições inflacionárias que nós temos aí desde 2015”, pontuou.

Os servidores da área demandam uma reposição de 35,44%, o que compreenderia a defasagem salarial no período entre 2015 e 2022.

Nesta terça-feira (29), lideranças sindicais de servidores da Polícia Civil farão uma concentração na praça da Assembleia Legislativa, para buscarem apoio da sociedade e dos deputados estaduais à luta da categoria para obter a reparação das perdas inflacionárias que atacaram seus vencimentos.

“O Estado de Minas Gerais pelas suas dimensões e complexidades, nós temos aqui fronteira com São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Goiás uma situação extremamente delicada para que a gente possa enfrentar a criminalidade e uma criminalidade bem diversificada quando envolve investigações de organizações criminosas, mas a gente tem dado conta com muito êxito, as polícias têm dado conta, o que a gente precisa é que os policiais sejam reconhecidos valorizados e aquilo que foi prometido seja cumprido”, ressaltou Renato.

A expectativa é que a manifestação também tenha a presença dos investigadores aprovados na primeira etapa do concurso realizado em 2021, que custou aos cofres públicos mais de R$12 milhões. Minas Gerais tem um déficit de 5 mil investigadores de polícia. 

O delegado Renato de Alcino, afirma que não há previsão de paralisações das forças de segurança. “Sobre paralisação, ela nunca foi para os policiais uma situação de primeira ordem, ela só chegava nas hipóteses de muita negociação frustradas ou negativas frustradas chamar atenção, hoje uma série de restrições em relação à paralisação, ou seja, não existe previsão de paralisação, greve ou algo do gênero, o que nós temos são movimentos internos de todas as polícias que são movimentos para chamar atenção da sociedade para a nossa causa”, enfatiza. 

“É preciso que os parlamentares que estão na Assembleia legislativa, os governantes que estão lá no poder executivo, eles tenham a compreensão e cumpram o que foi prometido e conceda a recomposição inflacionária, eu não estou falando aqui de aumento, sim obrigação”, exclamou.

O Estado de Minas afirma que deseja manter a recomposição das perdas inflacionárias para todo o funcionalismo, mas depende de equilíbrio financeiro que garanta a disponibilidade. 

Segundo o Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Estadual, Fiscais e Agentes Fiscais de Tributos do Estado de Minas Gerais (Sindifisco-MG), o Estado teve uma receita nos cinco primeiros meses de 2023, 3% maior que no mesmo período do ano passado, R$ 1,187 bilhão a mais. Sendo que na expectativa do segundo semestre, essa receita crescerá ainda mais.

“A gente tem as entidades do Sindifisco, que são pessoas extremamente capacitadas que conseguem avaliar a questão orçamentária do governo do Estado e avaliam que a forma como está proposto esse regime de recuperação fiscal e o argumento é o mesmo, é questão orçamentária, não é adequada para os mineiros, a gente vê isso como um desmonte do serviço público, você restringir a questão que envolver as recomposições salariais, concurso você vai reduzir as entregas das áreas do serviço público mineiro”, concluiu. 

Assista à entrevista completa: