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Postado em: 05/09/2019 - 08:50 Última atualização: 05/09/2019 - 09:01
Por: Natália Souza - Portal Imbiara

Governo de Minas lança campanha de prevenção a incêndios

Ação destaca importância do papel da população para prevenir o fogo nas áreas florestais

Campanha Governo de Minas para a prevenção de incêndios florestais. Foto: Agência Minas / Divulgação

Em meio ao período seco, em que é mais frequente a ocorrência de queimadas, o Governo de Minas lança campanha para prevenção a incêndios florestais. Com o tema, “Basta de Tragédia: além da mata, incêndios queimam histórias de vida”, as peças publicitárias visam sensibilizar a população para os impactos do fogo criminoso e para a importância do papel de todos nesse trabalho.

A campanha começou a ser veiculada no último dia 29 de agosto, e permanece por dois meses no rádio, redes sociais, outdoors e peças publicitárias. A iniciativa é uma parceria do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) com o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG).

Dados do Sisema mostram que, até o momento, as ocorrências relacionadas ao fogo estão dentro da média histórica registrada nas unidades de conservação do estado. O atual momento é classificado como período seco. Esta é a época do ano de maior número de casos de incêndios e de área atingida pelo fogo, situação que persistirá até o retorno consistente das chuvas, normalmente a partir da segunda quinzena de outubro. “Importante lembrar que os números são dinâmicos, mas esses indicadores são positivos e a expectativa é de que a área queimada fique abaixo da média histórica nesse período de estiagem. Ainda assim, temos de estar sempre de prontidão”, afirma o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Germano Vieira.


Esses dados são atualizados diariamente após o recebimento de novos relatórios de ocorrências de incêndio, que mostram a aferição das áreas atingidas após o encerramento das atividades de combate ao fogo nas unidades de conservação. No entorno das unidades, os dados também apresentam números muito próximos à média, até o momento. Um aumento acentuado nas ocorrências e na área atingida pelos incêndios está previsto para os próximos meses, que são os mais secos e, não raramente, mais quentes do ano, coincidentes com a chegada da primavera.

Confira os dados de incêndios florestas nas unidades de conservação em Minas: 

Janeiro a agosto de 2019 em relação à média histórica (2013 a 2018 – Jan a Ago)

Os focos de calor são definidos como o ponto quente detectado via satélite, em qualquer forma de vegetação. Um foco de calor não é necessariamente um incêndio florestal (pode ser uma queima autorizada, por exemplo). Os focos de calor são disponibilizados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Eles são indicativos dos incêndios, mas não podem ser usados para avaliar o impacto do fogo em relação à sua área e sua quantidade. Ainda, referem-se a todo o território do estado e não às unidades de conservação estaduais.

Focos de calor em 2019. Fonte: Inpe – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (satélite referência).

 

Brigadistas e voluntários

Órgão do Sisema, o Instituto Estadual de Florestas (IEF) conta com 278 brigadistas que são contratados temporariamente para reforçar os efetivos em unidades de conservação de todo o território mineiro. Mesmo as unidades que não recebem esse reforço, contam com brigadistas de outras áreas que podem ser direcionados para atividades preventivas e de combate. Em regiões com concentração de UCs próximas esse uso compartilhado é bastante eficiente, como nos casos das unidades nos municípios de Ouro Preto e Ouro Branco, Belo Horizonte, Nova Lima e Moeda, entre outros.

 

Consequências

Os incêndios florestais afetam o meio ambiente, comprometendo a qualidade do solo, da água, da vegetação e do ar. Além disso, sua fumaça é tóxica e agrava doenças respiratórias. O fogo pode ainda secar nascentes e reduzir a disponibilidade de água potável. Ao atingir casas, plantações e rede elétrica, traz também enormes prejuízos econômicos para as famílias e para o Estado e, pior, coloca em risco a vida das pessoas.