Nova fase do exame neonatal começa a ser implantada em todo o estado, beneficiando milhares de recém-nascidos com diagnóstico precoce
O Governo de Minas Gerais iniciou a ampliação do Teste do Pezinho, exame fundamental realizado em recém-nascidos para identificar doenças genéticas e metabólicas ainda nos primeiros dias de vida. Com a nova fase do programa, que começou a ser implantada nesta semana, o número de doenças rastreadas passou de 6 para até 60 enfermidades raras.
A medida coloca Minas Gerais entre os estados com maior cobertura no país, garantindo diagnóstico precoce e mais chances de tratamento adequado para crianças com condições graves que podem afetar o desenvolvimento físico e neurológico.
Entre as doenças que passam a ser detectadas com a nova versão do teste estão imunodeficiências primárias, atrofia muscular espinhal (AME), doenças lisossômicas, distúrbios da beta-oxidação de ácidos graxos, entre outras. A expansão segue o cronograma do Ministério da Saúde, que prevê a implementação em fases, conforme a infraestrutura de atendimento dos estados.
Em Minas, a Fundação Ezequiel Dias (Funed) é a responsável pela análise das amostras coletadas nas maternidades e unidades de saúde. A ampliação do teste também exigiu investimentos em equipamentos, tecnologia e capacitação de profissionais, assegurando a qualidade e agilidade no diagnóstico.
Para os especialistas da área da saúde, a ampliação do Teste do Pezinho representa um avanço histórico na triagem neonatal, que poderá salvar vidas e reduzir sequelas irreversíveis ao permitir o início precoce de tratamentos específicos.
O exame continua sendo oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e deve ser realizado preferencialmente entre o 3º e o 5º dia de vida do bebê.