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Postado em: 01/06/2020 - 18:10 Última atualização: 01/06/2020 - 19:41
Por: Márcio Rosa - Portal Imbiara

Mais de quatro mil clientes da Cemig foram prejudicados por pipas neste ano no Alto Paranaíba

Segundo os levantamentos apresentados, 21 ocorrências foram registrados neste ano prejudicando 4.140 clientes

Foto: Cemig / Divulgação

Apesar do isolamento social causado pelo coronavírus, a brincadeira de soltar pipa continua entretendo crianças e jovens, mas é preciso muita cautela para não causar acidentes com a rede elétrica.

Neste período do ano, essa prática costuma ganhar mais força em função da característica do período, onde os ventos são mais fortes. Contudo, apesar de parecerem inofensivas, elas podem causar acidentes e desligamentos acidentais na rede elétrica e acidentes fatais com quem as soltam.

Apenas nos quatro primeiros meses deste ano, no Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, foram registrados 21 desligamentos provocados por pipas na rede elétrica, que prejudicaram 4.140 clientes da Cemig e 24 acidentes ocorreram em 2019, atingindo diretamente a 2.869 consumidores.

Confira o quadro de ocorrências divulgado pela Cemig:


O principal causador de ocorrências no sistema elétrico é o cerol, uma mistura cortante feita com cola, vidro e restos de materiais condutores que pode cortar os cabos da rede elétrica e causar acidentes com a população.

De acordo com João José Magalhães, gerente de Saúde e Segurança do Trabalho da Cemig, os pais e as crianças devem ficar atentos a alguns procedimentos que devem ser adotados para que não haja risco à segurança nem ocorram interrupções no fornecimento de energia. “Para brincar com segurança, as pipas devem ser soltas em locais abertos e afastados da rede elétrica, ou seja, nunca em áreas urbanas. Também é preciso evitar o uso de fios metálicos ou cerol e, caso a pipa fique presa nos fios dos postes, elas não podem ser resgatadas, porque acidentes nestas condições podem ser fatais”, orienta.

Além disso, muitos curtos circuitos são provocados pela tentativa de retirada de papagaios presos aos cabos.

Outro grande causador de ocorrências e que vem se popularizando nos últimos anos é a linha chilena. João José Magalhães destaca que esse produto industrializado, que é produzido com materiais mais abrasivos que o cerol, nunca deve ser utilizado porque pode cortar a mão de que solta, cortar os cabos da rede elétrica ou causar mutilação em motociclistas.

“Esse tipo de linha é muito mais cortante do que o cerol comum, e infelizmente é possível adquirir este material de origem estrangeira pelo mercado paralelo e até pela internet, o que contraria a legislação”, destaca o gerente da Cemig.

Vale ressaltar que a lei estadual 14.349/2002 proíbe o uso de cerol ou de qualquer outro tipo de material cortante nas linhas de pipas, de papagaios, de pandorgas e de semelhantes artefatos lúdicos, para recreação ou com finalidade publicitária, em todo o território do Estado de Minas Gerais. Quem for flagrado usando cerol ou linha cortante está sujeito ao pagamento de multa, que varia de R$ 100 a R$ 1,5 mil, podendo ser agravada.