Por: Natália Souza - Portal Imbiara
Fonte: Agência Brasil
A dengue assombra a população mineira há anos, mas medidas de prevenção parecem não surtir efeitos – ou estão sendo negligenciadas. Prova disso é que é o resultado do Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (Liraa), divulgado nesta terça-feira (12) pela Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG), mostra que 56,6% dos municípios estão em situação de risco ou em alerta para a possibilidade de surto. Entre eles, Belo Horizonte.
Enquanto isso, os efeitos se espalham em ritmo acelerado. Duas mortes foram confirmadas, sendo um morador de Betim, na região metropolitana, e outro de Uberlândia, no Triângulo. Outros 18 óbitos de febre hemorrágica, critérios em que se enquadram os casos de dengue, seguem em investigação, sendo três na capital mineira.
O número de casos prováveis, que engloba os confirmados e os suspeitos, já ultrapassa 44 mil – superior ao registro nos últimos dois anos no estado. Nos próximos dois meses, o número de notificações historicamente aumenta.
A incidência é de 209 registros por 100 mil habitantes, o que, segundo a SES, é considerado médio. “O número de casos prováveis de dengue segue o mesmo padrão de 2010. Naquele momento, era o ano com maior número registrado na série histórica do estado. Mas essa intensidade foi posteriormente superada em 2013 e em 2016”, explicou a SES. Para a SES, a situação é de alerta. Neste ano, as contaminações só aumentam. Já são 44.230 casos prováveis registrados.
A estimativa é que 81% dos criadouros estavam nas casas ou nos seus arredores. O criador mais frequente em janeiro foram os inservíveis, que são potes de iogurtes, copos descartáveis, embalagens, marmitex. Depois, foi o prato de vaso de planta, seguido dos recipientes domésticos, que são os regadores que ficam no quintal com água, panelinha usada como bebedor de animal, entre outros.