Plano visa eliminar qualquer emissão do produto até o ano de 2040
Fundada em 25 de outubro de 1955, a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) completa 68 anos em 2023. A empresa realizou encontro com a imprensa nesta quarta-feira (31) na sede da CBMM e destacou os investimentos feitos somente em 2023. O evento iniciou com o presidente da CBMM, Ricardo Lima, que falou mais sobre as operações da empresa em Araxá, em Minas Gerais, no Brasil e no mundo. São R$ 700 milhões de investimentos em 2023 e mais R$ 340 milhões que serão investidos em projetos futuros. Também a CBMM desenvolve um plano de neutralidade do carbono que pretende eliminar qualquer emissão do produto até 2040.
Lima afirma que os investimentos são feitos nos ativos existentes no complexo industrial de Araxá. “São R$ 700 milhões que investiremos só no ano corrente de 2023. Temos investimentos para a otimização dos nossos processos para a expansão de capacidade da linha de óxido, melhoria das nossas condições de segurança, inclusive nas barragens. Além desses R$ 700 milhões, temos mais cerca de R$ 340 milhões que vão ser investidos em projetos que temos com institutos de pesquisas, universidades e clientes para o desenvolvimento de novas aplicações para os produtos Clean 9”, diz o presidente da CBMM.
Ricardo também ressalta que todas as atividades desde a mineração até a expedição dos produtos estão concentradas em Araxá, porém há a expansão da marca CBMM pelo mundo. “Exportamos hoje para mais de 50 países. São mais de 400 clientes que nós temos. O mercado da Ásia é hoje o nosso principal mercado. Somente para Ásia, estamos com o nosso volume de vendas de cerca de 63%, sendo China, o principal país, depois temos Ásia/Japão, Coreia do Sul e sudeste asiático que está crescendo. A CBMM tem uma estratégia de crescer em novos mercados como Índia, México e Oriente Médio. Todos eles estão no nosso plano de curto, médio e longo prazo”.
O presidente da CBMM, Ricardo Lima
Caminhão e ônibus elétrico produzidos com a tecnologia do nióbio
Lima enfatiza que o uso do óxido de nióbio em baterias para veículos elétricos será uma grande alavanca de crescimento no futuro. “Temos um potencial já identificado de atuação da CBMM nesse segmento. Esperamos repetir a história de sucesso que nós tivemos na história siderúrgica agora na indústria das baterias elétricas. Não há dúvidas que a eletrificação veio para ficar. Os veículos no futuro e no seu tempo serão elétricos. Essa tecnologia que nós desenvolvemos em parceria com grandes empresas internacionais já está na fase de maturidade para ser lançado no mercado”, explica o presidente da CBMM.
O caminhão elétrico que possui materiais avançados com nióbio desenvolvido pela empresa em Araxá disputa a Copa Truck. A competição já teve duas etapas disputadas. O veículo que faz parte da equipe Mission Zero e dirigido pelo piloto Felipe Giaffone venceu a primeira etapa em Goiânia (GO) e chegou na segunda posição na segunda etapa em Interlagos (SP).
Além do caminhão elétrico, a CBMM também anunciou a produção de ônibus elétrico. “Teremos um primeiro ônibus feito no Brasil estará em Araxá no segundo semestre desse ano rodando para que todos tenham a oportunidade de vê-lo”, acrescenta Ricardo.
Encontro com a imprensa aconteceu na sede da CBMM
Plano de neutralidade do carbono
A CBMM assumiu publicamente um compromisso de ter uma neutralidade na emissão de carbono. Segundo o CEO da CBMM, esse plano será realizado até 2040. “Nós temos um plano que passa por adequações no nosso processo para uso de combustíveis que não sejam combustíveis fósseis que não emitam carbono, a emissão do CO2. Temos um processo de toda a edificação da nossa rota e da nossa frota de veículos. Até 2040 teremos zero de emissão de carbono a partir de Araxá”, pontua.
O encontro com a imprensa ainda teve uma apresentação sobre a segurança nas barragens com o gestor sênior Marcos Lemos, visita ao Centro de Monitoramento Interno da CBMM e a palestra “Tudo novo, de novo”, com o CEO da Share, Rafael Martins.
O diretor industrial, Rogério Contato, o presidente Ricardo Lima, e o gestor sênior de gestão em barragens, Marcos Lemos, todos da CBMM
