No mesmo dia que o Ministro da Saúde anunciou a possibilidade de ter a terceira dose a OMS se pronunciou que não há necessidade de administrar uma dose de reforço agora
Na manhã desta quarta-feira (18) o ministro da saúde Marcelo Queiroga, em coletiva de imprensa falou sobre a vacinação contra a Covid-19 no país e anunciou que a aplicação da terceira dose de vacinas contra a covid-19 deverá começar por idosos e profissionais de saúde.
O ministro, no entanto, destacou que para iniciar a dose de reforço ainda são necessários mais dados científicos para que o Ministério da Saúde possa organizar a sua aplicação. “Planejamos, no momento que tivermos todos os dados científicos e tivermos o número de doses suficiente disponível, já orientar um reforço da vacinação. Isso vale para todos os imunizantes”, explicou Queiroga.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) denunciou, nesta quarta-feira (18), o avanço dos países ricos para a terceira dose da vacina anticovid e afirmou que os dados não demonstram a necessidade de administrar uma dose de reforço agora.
"Pensamos claramente que os dados atuais não indicam que as doses de reforço sejam necessárias", declarou a cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan.
Do ponto de vista "moral e ético", a cientista criticou que países administrem a terceira dose "enquanto o resto do mundo espera sua primeira injeção".
Injetar uma terceira dose agora é como "distribuir coletes salva-vidas extras para quem já tem um", enfatizou nesta quarta-feira o diretor de emergências da OMS, Mike Ryan.